Khnum
khnum é um deus da mitologia egípcia. Era representado como um homem com cabeça de carneiro, por vezes tendo uma jarra ou coroa dupla sobre os cornos. O seu nome significa "o modelador". É um deus com origens antigas, que possivelmente remontam à época pré-dinástica. Do ponto de vista geográfico, encontrava-se ligado à zona sul do Egito e à Núbia. Este deus representava os aspectos criativos; acreditava-se que Khnum regulava as águas do Nilo, das quais os egípcios dependiam para a sua sobrevivência. A vida no Antigo Egito estava regulada pelas inundações anuais do Nilo que traziam uma argila que fertilizava os campos e assim permitia a prática agrícola. Estava também ligado à criação dos seres humanos, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer. No seu forno formava não só a carne dos humanos, mas também o seu "ka" (alma). Por esta razão, era também representado no ato da criação dos novos seres. No seu forno também criou o ovo do qual saiu Rá, que por sua vez gerou os outros deuses. Em Elefantina Khnum formava uma tríade (agrupamento de três deuses) com as deusas Satis e Anuket. Na cidade de Esna formava uma tríade com Satis e Neit. Uma tradição afirma que o rei Djoser estava preocupado com uma fome de sete anos que se tinha abatido sobre o Egito. O rei compreende que esta situação esta associada ao facto de Khnum não permitir a circulação das águas do Nilo, que prende com as suas sandálias. O rei decide então realizar oferendas à divindade, que surge num sonho a pedir que continue a honrá-lo convenientemente. Esta história encontra-se gravada num estela da época ptolomeica, conhecida como a "estela da fome" e é provável que tenha pouco valor histórico, dado longo período de tempo que decorre entre Djoser e a era ptolomaica.
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