segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Shiva

Conhecido como MAHADEVA, o supremo dos deuses, um dos três principais deuses do panteão hindu, SHIVA, é o deus da renovação. As vezes ele é visto como NATARAJA – o deus das artes e das danças, o dançarino cósmico, bem como o senhor das artes marciais e o protetor dos animais. Numa de suas mãos ele carrega um pequeno tambor que anuncia a criação e noutra, o fogo da renovação. Sua mão estendida representa sua força superior, e o pé levantado simboliza a liberação. .Ele dança sobre um demônio que representa a escuridão e o mal, estando assim, acima da ignorância e de todo mal, e em seu braço direito há uma serpente demonstrando que SHIVA domina todas as riquezas naturais. As lendas dizem que o rio Ganges nasce de sua cabeça. SHIVA é o controlador de toda a ira e é conhecido por sua imensa benevolência e misericórdia, concedendo-a a todos mui facilmente. As vezes ele é encontrado num estado de meditação, demonstrando que é o deus da Yoga.
SHIVA é o senhor de DURGA – a deusa da natureza material – e é transcedental a qualquer desejo ou ilusão material . Ele é o pai de Ganesha – o deus da boa sorte e prosperidade.
De acordo com as escrituras Védicas, SHIVA é o símbolo máximo da potência masculina. Em seu planeta, a montanha KAILASA, existem apenas entes femininos, e quem quer que pise na terra dele, imediatamente se transforma em mulher.
SHIVA, possui um terceiro olho que sempre permanece fechado, pois no momento em que abri-lo, toda a criação será incinerada pelo calor abrasivo do fogo da renovação. Dizem os orientais que SHIVA protege a casa dos seus seguidores de todos os tipos de males.



quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Os Ventos


Na mitologia grega, os ventos (em
grego, Άνεμοι — "Anemoi") eram 9 deuses responsáveis pelo vento. Éolo, deus dos ventos, comandava todos os ventos; tanto as brisas leves quanto as piores tempestades. A cada um dos outros deuses era atribuído uma direção cardinal. Em especial a genealogia dos Quatro Grandes Ventos é controversa, por vezes são colocados como titãs, portanto filhos de Urano, o céu e Gaia a terra. Entretanto existem outras descrições.

Quatro Grandes Ventos:

  • Bóreas (N), o vento norte, frio e violento;
  • Zéfiro (O), o vento oeste, suave e agradável;
  • Eurus (L), o vento leste, criador de tempestades;
  • Nótus (S), o vento sul, quente e formador de nuvens;
Ventos Menores:
  • Kaikias (NE), o vento nordeste;
  • Apeliotis (SE), o vento sudeste;
  • Lips (SO), o vento sudoeste;
  • Siroco (NO), o vento noroeste;

Moiras

Na mitologia grega as moiras (em grego antigo Μοῖραι) eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses quanto dos seres humanos, eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios, as voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos. As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos, e criaram Têmis, Nêmesis e as Erínias. Pertenciam à primeira geração divina (os deuses primordiais), e assim como Nix, eram domadoras de deusas e homens.As moiras eram filhas de Nix. Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. Na Odisséia aparecem as fiandeiras. Os poetas da antiguidade descreviam as moiras como donzelas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas como lindas donzelas. As Moiras eram:
  • Cloto (Κλωθώ; klothó) em grego significa "fiar", segurava o fuso e tecia o fio da vida. Junto de Ilítia, Ártemis e Hécate. Cloto atuava como deusa dos nascimentos e partos.
  • Láquesis (Λάχεσις; láchesis) grego significa "sortear" puxava e enrolava o fio tecido, Láquesis atuava junto com Tyche, Pluto, Moros e outros, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
  • Átropos (Ἄτροπος; átropos) em grego significa "afastar", ela cortava o fio da vida, Átropos juntamente a Tânatos, Queres e Moros, determinava o fim da vida.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Erínias




As Erínias (Fúrias para os romanos – Furiæ ou Diræ) eram personificações da vingança, semelhantes a Nêmesis. Enquanto Nemesis punia os deuses, as Erínias puniam os mortais. Eram Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto(Interminável). Viviam nas profundezas do tártaro, onde torturavam as almas pecadoras julgadas por Hades e Perséfone. Nasceram das gotas do sangue que caíram sobre Gaia quando o deus Urano foi castrado por Cronos. Pavorosas, possuíam asas de morcego e cabelo de serpente. As Erínias, deusas encarregadas de castigar os crimes, especialmente os delitos de sangue, são também chamadas Eumênides (Εὐμενίδες), que em grego significa as bondosas ou as Benevolentes, eufemismo usado para evitar pronunciar o seu verdadeiro nome, por medo de atrair sobre si a sua cólera. Em Atenas, usava-se como eufemismo a expressão Semnai Theai (σεμναὶ θεαί), ou deusas veneradas.


  • Alecto, (Ἀληκτώ, a implacável), eternamente encolerizada. Encarrega-se de castigar os delitos morais como a ira, a cólera, a soberba, etc. Tem um papel muito similar ao da Deusa Nêmesis, com diferença de que esta se ocupa do referente aos deuses, Alecto tem uma dimensão mais "terrena". Alecto é a Erínia que espalha pestes e maldições. Seguia o infractor sem parar, ameaçando-o com fachos acesos, não o deixando dormir em paz.
  • Megaira, que personifica o rancor, a inveja, a cobiça e o ciúme. Castiga principalmente os delitos contra o matrimônio, em especial a infidelidade. É a Erínia que persegue com a maior sanha, fazendo a vítima fugir eternamente.Terceira das fúrias de Ésquilo, grita ininterruptamente nos ouvidos do criminoso, lembrando-lhe das faltas que cometera.
  • Tisífone, a vingadora dos assassinatos (patricídio, fratricídio, homicídio…). É a Erínia que açoita os culpados e enlouquece-os.

Hécate



Hécate, Deusa anciã e sábia, de origem grega, preside sobre os caminhos. Conhecida como a Deusa das três passagens, guardiã da casa, Deusa da Magia e protetora das bruxas, assim como de tudo o que era recém nascido.Durante anos foi extensamente cultuada pelos povos antigos como uma bela e poderosa Deusa, atualmente é descrita como uma bruxa velha que meche o caldeirão.Foi a única dos antigos Titãs que Zeus permitiu que mantivesse sua autoridade, depois que ele obteve o controle do Olímpo. Ele dividia apenas com Hécate, o poder de dar vida humana a qualquer coisa ou de tirar. Vista como uma Deusa lunar, seus reinos são a terra, o mar e o céu, com o poder de criar e reter tempestades, amante da solidão; uma Deusa virgem. Ainda que vista andando nas estradas ou cemitérios durante a Lua Nova; é descrita como brilhante e luminosa. Por isso os estudiosos a comparam a Astéria, a Deusa Titã da Luz Brilhante, Deusa Estrela, em relação ao seu aspecto Lunar, pois ambas seriam vistas tardiamente no repouso da terra. Em outro período foi considerada filha de Astéria, e por igual sensibilidade carrega consigo uma tocha para os peregrinos. Hécate, a Deusa do submundo e dos mortos, simpática e tolerante com aqueles que não tem medo, nem a enxergam de maneira errônea. Rainha da Noite viajava com fantasmas. Para adquirir sua proteção era comum oferecer o fogo lateral na área esterna da casa, do qual os desabrigados eram os beneficiários reais. Alimentos também eram deixados nas encruzilhadas em sua honra, nas junções onde três estradas convergiam. Erguiam um mastro na interseção e três máscaras eram penduradas para pedir sua orientação sobre o melhor caminho. Elas também poderiam ser enfeitadas e postas nas entradas das casas e hospedarias, para que Hécate impedisse os espíritos de entrar. Com o tempo foi vista como filha de Hera e Zeus na mitologia grega. Num mito, ela causou a ira de sua mãe roubando seu rouge, e o escondendo em baixo da cama de uma mulher que dava a luz, o contato com o sangue do nascimento tornou Hécate impura e ela foi mergulhada em Acheron, um dos rios de Hades, para ser limpa, mas acabou sendo afastada do fluxo do rio. O roubo do rouge é uma metáfora para a menopausa de Hera, onde começa então a menstruação de Hécate. Hera não aceitou estar entrando na menopausa e a responsabilizou. Desta forma se tornou a protetora das mulheres na hora do parto, conferindo saúde e crescimento a criança. Considerada uma Deusa Tríplice e acompanhada assim com o símbolo da sabedoria, possui o aspecto de donzela, mãe e anciã ao mesmo tempo, tendo desta forma a habilidade de ver em diversos sentidos, até mesmo o passado, o presente, e futuro. Por esta razão, existem três descrições distintas deste aspecto da Deusa. O primeiro sendo vista com três cabeças; o segundo de uma anciã sozinha acompanhada por três cães sagrados, e o terceiro e ultimo na figura de uma anciã possuindo um cão com três cabeças.Seu mito mais relevante foi quando Hécate testemunhou a abdução de Perséfone, filha de Demeter, por Hades Deus do inferno, e atuou como mediadora entre eles, barganhando então junto a Zeus um acordo de resgate. Entretanto Hades durante a despedida, faz com que Perséfone coma sementes de romãs encantadas, o que a obriga a passar a metade de todos os anos com ele no submundo, e a outra metade com sua mãe. Hécate realiza então a iniciação de Perséfone aos mistérios do submundo, e se torna a sua confidente a acompanhando sempre em seu retorno ao mundo superior. Hades grato era mais do que hospitaleiro, honrando Hécate como uma proeminente e permanente convidada no mundo espiritual. Desta forma ela passa a ajudar nos ritos de passagem para o além, e também a preparar a pessoa para seu retorno a próxima vida, em todo o processo de morte e renascimento.


Ninfas

As Ninfas eram figuras mitológicas na Grécia Antiga. Eram espécies de deusas-espíritos da natureza. Os gregos acreditavam que elas habitavam os campos, lagos, montanhas e bosques, sendo responsáveis por levar alegria e felicidade para as pessoas. Representavam o dom de fertilidade da natureza. Muitas ninfas eram a personificação de características e qualidades de deusas e deuses gregos. Em grego a palavra ninfa (nimphe) possuía vários significados, entre eles, noiva e botão de rosa. Muitas ninfas eram aladas (possuíam asas). Hérmia era considerada, na mitologia grega, a deusa de todas as ninfas. Os gregos antigos prestavam muita devoção às ninfas, sendo comum as homenagens a estes seres mitológicos.

De acordo com o local onde habitavam, as ninfas recebiam diversas classificações:
- Efidríades: ninfas das águas - Epigéias: ninfas da terra - Náiades: ninfas das águas doces - Oreádes: ninfas das montanhas - Dríades: ninfas das florestas
- Alseídes: ninfas das flores

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Strega


No Império Romano, o vampiro era uma bruxa que, em forma de coruja, atacava crianças para sugar seu sangue. Elas eram chamadas de Strix, o que culminou em strega, italiano para bruxa. A strega, mesmo durante o Império Romano, já tinha características vampirescas. Voava à noite, sugava o sangue de crianças e se envolvia sexualmente com homens que acabavam drenados. Em outras versões ela aparece sendo descrita como um ser voador que suga sangue para poder sobreviver, tendo a forma de pássaro com asas parecidas às de um morcego e olhos amarelos, quatro patas com que se agarra às suas vítimas e um bico longo com o qual chupa o sangue. As lendas romanas contam que quando ela ataca, é quase impossível que se separe do corpo da sua vítima até que termine de sugar o seu sangue, a não ser que seja morto. As vítimas morrem instantaneamente. Muito do que foi usado no combate ao Vampiro foi também usado contra a strega, tanto é que Carlos Magno teve de promulgar uma lei que proibia queimar ou canibalizar stregas. Ambas as práticas foram adoptadas contra o vampiro, inclusive comer pedaços dele como forma de cura. O lobisomem também foi um fenómeno conhecido em Roma e na Itália.

Mulo


O Mulo era a forma mais conhecida de vampiro cigano, um morto-vivo que atacava durante a noite e voltava ao amanhecer para sua sepultura. Como a maior parte de todos os vampiros ele era um ser etéreo. Podia assumir várias formas animais, e seus ataques dizimaram algumas famílias e inúmeras cabeças de gado. Alguns relatos sobre o Mulo mencionam as relações sexuais entre o Vampiro e sua esposa, ou amante, ainda viva. Essas relações poderiam ir das mais calmas às mais violentas. O Mulo poderia gerar filhos dessas uniões, e eles eram vampirovic, vampiro filho, ou lampirovic, pequeno vampiro, em idioma sérvio-croata. Outro nome para o filho de um vampiro é dhampir. Para os sérvios, o Dhampir, filho do vampiro, tinha poderes especiais para detectar e destruir vampiros. Dessa forma, famílias que tinham sangue vampírico se tornaram caçadoras de vampiros.

Bhutas

Bhutas, o espectro dos mortos. Os candidatos principais a se tornarem Bhutas eram os que padeciam por morte antinatural, suicídio ou execução; eram loucos, portadores de alguma moléstia ou deformados. Transformavam-se, após a morte, em mortos-vivos. Em certas localidades da Índia, aqueles que morrem de maneira semelhante às descritas são sepultados ao invés de cremados. De forma alguma isso se restringe à Índia, já que em praticamente todo o mundo pessoas que sofreram morte violenta ou tiveram má índole são fortes candidatos a Vampiros.Os Bhuta se alimentam de fezes e intestinos encontrados em corpos decompostos. E também promovem doenças nos seres humanos, uma forma de gerar o seu alimento. Eles também vivem perto do local de cremação, transformam-se em corujas e morcegos, mas igualmente aos Rakshasas atacam recém-nascidos. Podem obsediar uma pessoa, e a pessoa assim obsediada viria a atacar outras, devorando-as. 
 

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Rakshasas

Os Rakshasas habitavam locais de cremação, onde inúmeros cadáveres eram cremados. Estavam sempre prontos a atrapalhar a consecução espiritual dos ascetas. Datam da era védica, seu líder é Ravana, de dentes pontiagudos e olhos sinistros, inimigo de Rama. Eles portam unhas longas e venenosas, sua aparência é feroz, sua cor é o azul escuro, mas podem ser verdes ou amarelos. Os Rakshasas são senhores de grandes tesouros, guardiões de templos e palácios. Vagavam à noite em busca de sangue de crianças, em especial dos recém-nascidos. Também gestantes faziam parte de suas principais vítimas. Eles se faziam acompanhar muitas vezes por sacerdotisas, que participavam de seus sangrentos banquetes, as Hatu Dhana.
 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Baba Yaga




Baba Yaga é uma figura do folclore do leste europeu. É uma mulher velha e ossuda, que viaja pelos céus montada em um almofariz. Os rastros que deixa, apaga com uma vassoura. Mora em uma casa móvel, com patas de galinha, cuja fechadura é uma boca cheia de dentes. Isaac Bashevis Singer descreveu Baba Yaga com um nariz vermelho arrebitado, com narinas largas e ardentes, olhos em chama como carvão em brasa e com cardos a sair do crânio em vez de cabelos. Singer referiu também a existencia de babas menores e de pequenos imps chamados dziads. Ajuda os puros de coração e devora os impuros. Originalmente concebida como uma entidade benfazeja, ao longo do tempo foram lhe atribuindo um caráter sinistro.