quarta-feira, 31 de março de 2010

A Páscoa

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A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas. Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida. A páscoa pode cair em qualquer domingo entre 22 de março e 25 de abril. Tem sido modernamente celebrada com ovos e coelhos de chocolate com muita alegria. O moderno ovo de páscoa apareceu por volta de 1828, quando a indústria de chocolate começou a desenvolver-se. Ovos gigantescos, super decorados, era a moda das décadas de 1920 e 1930. Porém, o maior ovo e o mais pesado que a história regista, ficou pronto no dia 9 de abril de 1992. É da Cidade de Vitória na Austrália. Tinha 7 metros e dez centímetros de altura e pesava 4 toneladas e 760 quilos. Mas o que é que tem a ver ovos e coelhos com a morte e ressurreição de Cristo?

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A origem dos ovos e coelhos é antiga e cheia de lendas. Segundo alguns autores, os anglo-saxões teriam sido os primeiros a usar o coelho como símbolo da Páscoa. Outras fontes porém, o relacionam ao culto da fertilidade celebrado pelos babilônicos e depois transportado para o Egito. A partir do século VIII, foi introduzido nas festividades da páscoa um deus teuto-saxão, isto é, originário dos germanos e ingleses. Era um deus para representar a fertilidade e a luz. À figura do coelho juntou-se o ovo que é símbolo da própria vida. Embora aparentemente morto, o ovo contém uma vida que surge repentinamente; e este é o sentido para a Páscoa, após a morte, vem a ressurreição e a vida. A Igreja no século XVIII, adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo. Assim foi santificado um uso originalmente pagão, e pilhas de ovos coloridos começaram a ser benzidos antes de sua distribuição aos fiéis.
Em 1215 na Alsácia, França, surgiu a lenda de que um dos coelhinhos da floresta foi o animal escolhido para levar um ninho cheio de ovos ao principezinho que estava doente. E ainda hoje se tem o hábito de presentear os amigos com ovos, na Páscoa. Não mais ovos de galinha, mas de chocolate. A idéia principal ressurreição, renovação da vida foi perdida de vista, mas os chocolates não, ele continuam sendo supostamente trazidos por um coelhinho...
O Peixe, foi símbolo adotado pelos primeiros cristãos. Em grego, a palavra peixe era um símbolo da confissão da fé, e significava: "Jesus Cristo, filho de Deus e Salvador." O costume de comer peixe na sexta-feira santa, está associado ao fato de Jesus ter repartido este alimento entre o povo faminto. Assim a tradição de não se comer carne com sangue derramado por Cristo em nosso favor.

domingo, 21 de março de 2010

A Lenda do Corpo-Seco



Corpo-Seco, segundo a lenda é um homem que passou a vida batendo na mãe. Quando morreu, foi rejeitado por Deus e pelo Diabo, inclusive pela terra que enojada repeliu-o. Um dia, se levantou de sua tumba, completamente podre, e vive grudado em arvores que depois ficam secas.No interior de São Paulo, há uma variante desta lenda, conta-se que quando uma pessoa passa perto do corpo seco ele pula nela e suga todo seu sangue, se não passar nenhuma pessoa ele vai morrer, porque se alimenta do sangue humano (semelhante a um vampiro). Há ainda relatos do corpo seco no estado do Paraná, Amazonas, Minas Gerais, em alguns países africanos de língua portuguesa, relatados por soldados brasileiros veteranos da missão UNAVEM III e na região Centro-Oeste, principalmente.Até hoje, há o dito popular: "Quem bate na mãe fica com a mão seca".


quinta-feira, 18 de março de 2010

Lenda da Carruagem de Ana Jansen

No século 19 viveu em São Luís a Senhora Dona Ana Joaquina Jansen Pereira, comerciante que, tendo acumulado grande fortuna, exerceu forte influência na vida social, administrativa e política da cidade.Era voz corrente, então, que DonAna Jansen - como era comumente chamada - cometia as mais bárbaras atrocidades contra seus numerosas escravos, os quais, submetia a toda sorte de suplícios e torturas em sessões que, não raro, terminavam com a morte.Alguns anos após o falecimento de Donana, passou a ser contada na cidade a fantástica estória, segundo a qual, nas noites escuras das sextas-feiras, boêmios e noctívagos costumam deparar com uma assombrosa e apavorante carruagem, em desenfreada correria pelas ruas de São Luís, puxada por muitas parelhas de cavalos brancos sem cabeças, guiados por uma caveira de escravo, também decapitada, conduzindo o fantasma da falecida senhora, penando, sem perdão, pelos pecados e atrocidades, em vida, cometidos.Quem tiver a infelicidade e a desventura de encontrar a diligência de DonAna Jansen e deixar de fazer uma oração pela salvação da alma da maligna senhora, ao deitar-se para dormir, receberá das mãos de seu fantasma uma vela de cera. Esta, porém, quando o dia amanhecer, estará transformada em descarnado osso humano.

Lenda do Negro D'água



Diz a lenda que o Negro D'água ou Nego D'água habita diversos rios tais como o rio Tocantins e o rio São Francisco onde possui um monumento do escultor juazeirense Ledo Ivo Gomes de Oliveira, obra com mais de doze metros de altura e que foi construída dentro do leito do rio São Francisco , em sua homenagem, na cidade de Juazeiro ( Bahia). Manifestando-se com suas gargalhadas, preto, careca e mãos e pés de pato, o Negro D'água derruba a canoa dos pescadores, se eles se lhe recusarem dar um peixe. Em alguns locais do Brasil, ainda existem pescadores que, ao sair para pescar, levam uma garrafa de cachaça e a atiram para dentro do rio, para que não tenham sua embarcação virada. Esta é a História bastante comum entre pessoas ribeirinhas, principalmente na Região Centro- Oeste do Brasil, muito difundida entre os pescadores, dos quais muitos dizem já ter o visto. Segundo a Lenda do Negro D'Água, ele costuma aparecer para pescadores e outras pessoas que estão em algum rio. Não se há evidências de como surgiu esta Lenda, o que se sabe é que o Negro D'Água só habita os rios e raramente sai dele, sua função seria como amedrontar as pessoas que por ali passam, como partindo anzóis de pesca, furando redes dando sustos em pessoas a barco,etc. Suas características são muito peculiares, ele seria a fusão de homem negro alto e forte, com um anfíbio. Apresenta nadadeiras como de um anfíbio, corpo coberto de escamas mistas com pele.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Coruja


Desde tempos imemoriais, contam-se diversas histórias sobre corujas.

Para os antigos gregos, ela era sagrada para a deusa Atena,
e era venerada por eles.
Como era associada à deusa do aprendizado e da sabedoria, a coruja era considerada sábia e bondosa. Mas, em algum lugar do tempo e da história, a reputação das corujas mudou e o seu piado é tido como prenúncio de má sorte.
Lógico que, como toda boa lenda, existe uma maneira de conter essa má sorte.
Para tanto, é necessário jogar ferro no fogo ou queimar pimentas fortes e vinagre que, com isso, a coruja queimará a língua e ficará com ela dolorida e nunca mais piará.
Assim, nem você e nem ninguém ao seu redor, receberá má sorte!
Mas, se você já ouviu o pio da coruja, a única solução é tirar tod
a sua roupa,
virar do avesso e colocar de novo.

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Lenda Sapucaia Oroca ou Sapucaia- Roca

Esta lenda conta a história de uma aldeia que vivia às margens do rio Madeira. Os índios contam que era uma tribo muito alegre, valorizavam muito as festas que davam em honra ao deus Tupã. Porém, suas celebrações eram impuras, eles exageravam, blasfemavam, aprontavam de tal forma que faziam os espíritos protetores da aldeia, os angaturamas, chorarem de tristeza. Também não gostavam de trabalhar, queriam viver a festejar. Por muitas vezes os pajés advertiam a tribo do castigo que poderiam sofrer caso não parassem de fazer coisas erradas. Mas os habitantes da tribo não o ouviam. Um dia depois de festejos, danças e orgias a terra tremeu e as águas do Rio Madeira ergueram-se invadindo a aldeia, fazendo assim desaparecer toda a tribo. Hoje no lugar onde seria a tribo, se vê altos barrancos. A lenda conta ainda, que os espíritos protetores comovidos pelo arrependimento da população deixaram a aldeia intacta debaixo das águas do rio e transformaram seus habitantes em seres encantados das águas .

Mapinguari



Os caboclos contam que dentro da floresta vive o Mapinguari, um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo. Para uns, ele é realmente coberto de pelos, porém usa uma armadura feita do casco da tartaruga, para outros, a sua pele é igual ao couro de jacaré. Há quem diga que seus pés tem o formato de uma mão de pilão. O Mapinguari emite um grito semelhante ao grito dado pelos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao encontro do desavisado, que acaba perdendo a vida. A criatura é feroz e não teme nem caçador, porque é capaz de dilatar o aço quando sopra no cano da espingarda. Os ribeirinhos amazônicos contam muitas histórias de grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores. O Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores que conseguem sobreviver, muitas vezes ficam com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas. Há quem diga que o Mapinguari só anda pelas florestas de dia, guardando a noite para dormir. Quando anda pela mata, vai gritando, quebrando galhos e derrubando árvores, deixando um rastro de destruição. Outros contam que ele só aparece nos dias santos ou feriados. Dizem que ele só foge quando vê um bicho-preguiça. O que ninguém explica é porque ele tem medo justamente do seu parente, já que é considerado um bicho-preguiça pré-histórico.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Lenda Como Surgiu a Noite



No começo do mundo só havia o dia. A noite estava adormecida nas profundezas do rio com Boiúna, cobra grande que era senhora do rio. A filha de Boiúna, uma bela tinha se casado com um rapaz de um vilarejo nas margens do rio. Seu marido, um jovem muito bonito, não entendia porque ela não queria dormir com ele. A filha de Boiúna respondia sempre:
- É porque ainda não é noite.
- Mas não existe noite. Somente dia! - ele respondia.
Até que um dia a moça disse-lhe para buscar a n
oite na casa de sua mãe Boiúna. Então, o jovem esposo mandou seus três fiéis amigos ir pegar a noite nas profundezas do rio. Boiúna entregou-lhes a noite dentro de um caroço de tucumã, como se fosse um presente para sua filha.
Os três amigos estavam carregando a tucumã quando começaram a ouvir barulho de sapinhos e grilos que cantam à noite. Curiosos, resolveram abrir a tucumã para ver que barulho era aquele. Ao abri-la, a noite soltou-se
e tomou conta de tudo. De repente, escureceu.
A moça, em sua casa, percebeu o que os três amigos fizeram. Então, decidiu separar a noite do dia, para que esses não se misturassem. Pegou dois fios. Enrolou o primeiro, pintou-o de branco e disse:
- Tu serás cujubin, e cantarás sempre que a manhã vier raiando.
Dizendo isso, soltou o fio, que se transformou e
m pássaro e saiu voando. Depois, pegou o outro foi, enrolou-o, jogou as cinzas da fogueira nele e disse:
- Tu serás coruja, e cantarás sempre que a noite chegar.
Dizendo isso, soltou-o, e o pássaro saiu voando.Então, todos os pássaros cantaram a seu tempo e o dia passou a ter dois períodos: manhã e noite.

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terça-feira, 9 de março de 2010

Almas Gêmeas



Segundo a mitologia grega, as almas gêmeas existiam desde os tempos em que Vênus e Eros criaram o amor e a harmonia. Na época dos Olímpicos, há muitos milênios, a civilização era habitada por seres míticos, seres possuindo quatro braços, quatro pernas, duas cabeças, dois troncos, sendo um feminino e outro masculino, e assim por diante, mas todos eles possuíam apenas uma alma. Os outros deuses, vendo todo esse amor e harmonia entre estes seres, ficaram enfurecidos e começaram uma grande batalha. Utilizaram como armas uma duradoura chuva com trovões e relâmpagos. Vênus e Eros tentaram impedir esta guerra, mas não obtiveram sucesso. Os relâmpagos atingiam os seres de uma forma brutal, separando os corpos femininos dos masculinos e também suas almas ao meio. Nesta confusão, estes corpos eram carregados pela correnteza das águas, e assim se perdiam uma das outras, ficando sozinhos mas sobrevivendo. Foram dois dias e duas noites de fúria dos deuses, e ao término da batalha, cada ser separado iniciou a busca de sua outra metade, a sua "Alma Gêmea". Em uma outra versão, diz a lenda que quando Deus criou o homem e a mulher, criou também uma esfera que seria a alma de cada um. Esta esfera, ele dividiu ao meio em duas partes iguais e colocou-as uma em cada corpo. Sendo assim, temos a missão de encontrar nossas almas gêmeas.



A Lenda de Osíris



Conta a lenda que Seth com inveja de Osiris, por este ter herdado o reino do pai na terra, engendrou um plano para matá-lo e assim usurpar o poder. Quando Osiris dormia, Seth tirou suas medidas e ajudado por 72 conspiradores, mandou construir um esquife com as medidas exatas de Osiris.
Organizou um banquete e lançou um desafio, aquele que coubesse no esquife o ganharia de presente. Todos os deuses entraram e não se ajustaram.
Assim que Osiris entrou no esquife, Seth o trancou e mandou jogá-lo no rio, a correnteza o levou até a Fenícia. Ali ficou preso em uma planta até fazer parte do caule, que foi usado para construir uma coluna o "Djed".
Isis partiu em busca do esposo, e após muitas aventuras, conseguiu regressar ao Egito com a caixa, que escondeu em uma plantação de papiro. Seth a descobriu e cortou o corpo de Osiris em q
uatorze pedaços, que espalhou pelo Egito.
Novamente Isis parte em busca dos despojos do esposo e dessa vez ajudada pela irmã Néftis, transformadas em milhafres (espécie de ave de rapina, semelhante ao abutre), encontram todas as partes de Osiris, exceto o órgão genital, que havia sido devorada por um peixe o Oxirincos.

Isis foi ajudada por Anubis que embalsamou Osiris, e este tornou-se a primeira múmia do Egito. Utilizando seus poderes mágicos, Isis, conseguiu que Osiris a fecundasse e dessa união nasceu Horus.
Seth iniciou uma luta pelo poder que envolveu todos os deuses. Por fim o próprio Osiris a partir do outro mundo, ameaçou mandar leva
ntar todos os mortos se não fosse feita a justiça.
Rá e um tribunal de deuses estabeleceram que a sucessão fosse hereditária, e assim, Hórus pôde reinar.
Dessa maneira o Faraó em vida convertia-se em Hórus e ao morrer identificava-se com Osiris, o soberano do Além, considerando-se igual ao deus.



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A Lenda da Vitória Régia


A lenda da vitória-régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-guarani.
Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua (Jaci, para os índios) era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia - as cunhantãs-moças. Sempre que ela se escondia atrás das montanhas, levava para si as moças de sua preferên
cia e as transformava em estrelas no firmamento.
Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que se
ria chamada por Jaci. Os anciãos da tribo alertavam Naiá: depois de seu encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne, tornando-se luz - viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria porque queria ser levada pela lua. À noite, andava pelas montanhas atrás dela, sem nunca alcançá-la. Todas as noites eram assim, e a jovem índia definhava, sonhando com o encontro, sem desistir. Não comia e nem bebia nada. Tão obcecada ficou que não havia pajé que lhe desse jeito.
Um dia, tendo parado para descansar à beira de u
m lago, viu em sua superfície a imagem do deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem india, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", única e perfeita, que é a planta vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas. 







segunda-feira, 8 de março de 2010

Iara


Rainhas das águas, de beleza fascinante. Enfeitiça os homens entoando canções mágicas, ao ouvirem, são atraídos para a morte nas profundezas do rio, lago ou mar, pois ao olharem para ela ficam cegos pelo esplendor de sua beleza e caindo nas águas, afogam-se. Segundo alguns, ela é uma índia de rara beleza, metade mulher, metade peixe e nesse aspecto, confunde-se com a sereia européia. Os caboclos dizem que a Iara deita-se sobre bancos de areia nos rios e fica brincando com os peixinhos que passam em cardume, ou com um pente de ouro, penteia seus longos cabelos, mirando-se no espelho das águas.Onde houver um rio ou lago, haverá histórias dos encantamentos da Iara, que gosta de namorar os homens valentes.


sábado, 6 de março de 2010

A Lenda de Narciso

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Na Mitologia Grega, Narciso (do Grego Νάρκισσος), era um herói do território de Téspias na Beócia, famoso pela sua beleza e orgulho. Era filho do deus-rio Cefiso e da ninfa Liríope. No dia do seu nascimento, o adivinho Tirésias vaticinou que Narciso teria vida longa desde que jamais contemplasse a própria figura. Nas Metamorfoses, Ovídeo conta a história de uma ninfa bela e graciosa chamada Eco que amava Narciso em vão. A beleza de Narciso era tão inigualável que ele pensava que era semelhante a um deus, comparável à beleza de Dionísio e Apolo. Como resultado disso, Narciso rejeitou a afeição de Eco até que, desesperada, ela definhou, deixando apenas um sussurro débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis condenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza e enamorado pela sua própria imagem, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água. As ninfas construíram-lhe uma pira, mas quando foram buscar o corpo, apenas encontraram uma flor no seu lugar: o narciso.

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O Retrato de Dorian Gray é um romance de Oscar Wilde. O livro, realmente, faz referência à lenda grega de Narciso. O livro fala sobre o belo Dorian Gray que é pintado por um artista talentoso que se inspira nele. Quando o quadro está pronto, Dorian Gray se apaixona imediatamente por seu retrato. Parece tão inocente, tão jovem, e tão bonito para ele, que ele deseja que pudesse ficar jovem para sempre, e que fosse o retrato quem ficasse velho e feio. Infelizmente, o desejo de Dorian se torna realidade, e o quadro fica velho e feio, horrível e cruel, enquanto Dorian que cometeu muitos crimes permanece jovem e belo.

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sexta-feira, 5 de março de 2010

O Cupido



Quando se fala de amor é inevitável falar do Cupido. Este ser alado de aparência infantil, com asas e lançando flechas directas aos corações dos transeuntes, para que se apaixonem perdidamente. Na Roma Antiga, era conhecido como Cupido, tal como lhe chamamos hoje. Os romanos acreditavam que Cupido era filho de Vénus, a deusa da beleza e do amor, e do mensageiro alado dos deuses, Mercúrio. Diz a lenda que Cupido teve um grande amor, Psyché, e que se dedicou a unir os corações , por ele próprio ter tido grandes dificuldades em consumá-lo com a sua bela mortal. Por ciúme da beleza de Psyché, Vénus ordenou a Cupido que fizesse com que a jovem se apaixonasse por um monstro feio. Em vez disso, Cupido enamorou-se de Psyché e colocou-a num palácio, onde a visitava regularmente, apenas com uma condição: por ser mortal, a jovem não podia olhar para Cupido.Também num ataque de ciúmes, as irmão de Psyché convenceram-na a olhar para ele, e esta, curiosa, fê-lo enquanto Cupido dormia. Mas acordado por uma gota de óleo da lâmpada que caiu no corpo da jovem, ele acordou e castigou-a por o ter desrespeitado.Sem palácio e sem amante, Psyché procurou Cupido por toda a parte mas só encontrou o templo de Vénus, onde a deusa lhe deu várias tarefas, na promessa de a unir com Cupido. Psyché cumpriu-as todas com a excepção de uma: numa caixa dada por Vénus, ela deveria guardar alguma da beleza de Perséphone (mulher de Plutão), que se encontrava no mundo dos mortos. Depois de vários conselhos para não realizar a tarefa e não abrir a caixa, Psyché abriu-a e em vez de entrar a beleza de Perséphone, saiu um sono profundo e mortal que encobriu a jovem.Quando descobriu o que a sua mãe havia feito, Cupido foi atrás de Psyché, fez uso dos seus poderes e recolocou o (sono mortal) na caixa, trazendo a sua amada de volta à vida, e a quem perdoou. Comovidos pelas ações e perseverança da jovem, os deuses fizeram dela também uma deusa, para que pudesse passar a eternidade junto do seu amor, Cupido.

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A Lenda da Esfinge



A esfinge é uma figura da mitologia egípcia simbolizada por um monstro com cabeça humana e corpo de leão, com asas de pássaro ou cauda de serpente. Dentre todas as estátuas de esfinges do Egito, a mais famosa é a grande esfinge de Giza (ou Gizé), esculpida em rocha natural, e que servia de guardiã da tumba do faraó Quéfren. Para proteger a pirâmide dos demônios, o faraó mandou construir uma grande esfinge, representando o deus do Sol, levante, Harmáquis, que segundo a tradição, tinha forma de leão com a cabeça humana. A grande esfinge de Giza data de aproximadamente 2.300 a.C e possui 60 metros de comprimento por 20 de altura. Entre suas patas dianteiras se localiza um pequeno templo.
Do Egito, a esfinge passou à mitologia grega. Era também uma figura monstruosa, um leão de asas com cabeça de mulher, que vivia num rochedo perto de Tebas. Segundo conta a lenda, a deusa Juno, indignada com Tebas, porque a jovem tebana Alcmena aceitara os galanteios de Júpiter, mandou o monstro para cima do monte Citeron. A todos que passavam por ali a esfinge propunha um enigma, ameaçando: "Decifra-me ou devoro-te". O enigma consistia em responder qual era o animal que tinha quatro pés pela manhã, dois ao meio-dia e três à tarde. A resposta parece difícil, mas fica evidente em seu sentido figurado. A resposta correta é o homem: pela manhã, ou quando bebê, ele engatinha; ao meio-dia, já crescido, ele caminha ereto; e à tarde, quando velho, anda cansado apoiado a uma bengala. A lenda ainda conta que apenas Édipo conseguiu acertar a resposta, e a esfinge, de tanta raiva, saltou do rochedo e morreu.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A Lenda das Amazonas


Na Antiga Grécia, bem antes da vinda de Cristo a Terra, eram narradas histórias sobre mulheres que andavam a cavalo, manipulavam o arco e a flecha com rara habilidade e se recusavam a viver com os homens em seus territórios. Estas exímias guerreiras eram conhecidas como Amazonas, das quais nem os mais destemidos soldados poderiam fugir com vida.Em 1540, o aventureiro hispânico Francisco Orellana, escrivão da armada espanhola, participou de uma jornada exploratória na América do Sul, atravessando, portanto, o extenso e misterioso rio que cruzava uma das mais temidas florestas. Segundo A Lenda das Amazonas, ele teria avistado, no pretenso reino das Pedras Verdes, mulheres semelhantes às acima descritas, conhecidas pelos indígenas como Icamiabas, expressão que tinha o sentido de ‘mulheres sem marido’. Contam os índios que estas guerreiras teriam atacado a esquadra hispânica. Elas eram bem altas, brancas, cabelos compridos dispostos em tranças dobradas no topo da cabeça – descrição feita pelo Frei Gaspar de Carnival, também escrivão da frota. O confronto entre os espanhóis e as Amazonas foi supostamente uma luta feroz, a qual teve como cenário a foz do rio Nhamundá – localizada na fronteira entre o Pará e o Amazonas. Os europeus foram surpreendidos pelo ataque de inúmeras e belas combatentes desnudas, conduzindo tão somente em suas mãos arcos e flechas. Eles foram assim prontamente derrotados pelas mulheres, pondo-se rapidamente em fuga. No caminho os espanhóis encontraram um indígena, que lhes contou a história das guerreiras. Segundo o relato do nativo, havia pelo menos setenta tribos de Icamiabas só naquele território. Suas aldeias eram edificadas com pedras, conectadas aos povoados por caminhos que elas cercavam de ponta a ponta, cobrando uma espécie de pedágio dos que atravessavam estas estradas. Elas eram lideradas por uma cunhã virgem, sem contato com o sexo masculino. Quando, porém, chegava o período de reprodução, as Amazonas capturavam índios de tribos por elas subjugadas. Ao engravidar, sinalizavam seus parceiros e, se nascia um curumim ou menino elas entregavam a criança aos pais; do contrário, elas ficavam com as meninas e presenteavam o genitor com um talismã verde conhecido como Muiraquitã, similar ao sapo utilizado nos rituais lunares. Ao ouvirem esta narrativa, os espanhóis, cientes da existência das Amazonas descritas pelos antigos gregos, confundem ambas e batizam o rio onde as encontraram, até então intitulado Mar Dulce, de Rio de Las Amazonas. Certamente os espanhóis, ao se depararem com selvagens guerreiros de longos cabelos, acreditaram ter encontrado finalmente as tão famosas Amazonas. Deste pequeno equívoco nasceram e permaneceram os nomes do Rio, da Floresta e do maior Estado brasileiro, que abriga o idílico cenário desta miragem hispânica. Embora esta história tenha se desenrolado em terras brasileiras, estas lendas são mais disseminadas em outros países, talvez pela associação com narrativas que envolvem ícones adornados com ouro e prata, o que certamente despertava a cobiça dos europeus.

A Lenda do Guaraná



O guaraná é um fruto da Amazonia usado para fazer uma soda ou refrigerante de sabor doce e agradável. É uma bebida bastante popular na Amazônia. A origem deste fruto é explicada na seguinte lenda.

Um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto por muitos anos sem ter filhos mas desejava muito ser pais. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino. O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e decidiu ceifar aquela vida em flor. Um dia, o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente. A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos. Os índios obedeceram aos pedidos da mãe e plantaram os olhos do menino. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.


A Lenda do Frade e a Freira


O frade e a freira, são formações rochosas de granito localizadas em Itapemirim, cujos municípios limítrofes são: Cachoeiro de Itapemirim, Rio Novo do Sul e Vargem Alta. O seu formato, que lembra a imagem de um frade e uma freira, surgiram lendas à respeito da origem dessa formação. Diz a lenda que um frade e uma freira se apaixonaram e como suas vidas deveriam ser dedicadas a servir à Deus não puderam se render a esse amor. Como forma de permanecerem unidos os dois foram transformados em montanha, de tão grande era o amor, e ficam admirando um ao outro eternamente com o amor que tinha um pelo outro.

A Lenda da Cobra Grande


Há muito tempo, existiu em uma das tribo do Amazonas, uma mulher muito perversa que inclusive, devorava crianças. Para por fim a tantas dores causadas por ela, a tribo decidiu atirá-la no rio, pensando que ela morreria afogada e nunca mais viesse a perseguir ninguém. Porém, Anhangá, o gênio do mal, decidiu não deixá-la morrer e casou-se com ela, dando-lhe um filho. O pai transformou o menino em uma cobra, para que ele pudesse viver dentro do rio. Porém, logo a cobra começou a crescer e crescer... O rio tornou-se pequeno para abrigá-la e os peixes iam desaparecendo devorados por ela. Durante a noite seus olhos iluminavam como dois faróis e vagavam fosforescentes por sobre os rios e as praias, espreitando a caça e os homens, para devorá-los. As tribos aterrorizadas, deram-lhe o nome de Cobra Grande. Um dia a mãe da Cobra Grande morreu. Sua dor manifestou-se por um ódio tão mortal que de seus olhos brotavam flechas de fogo atiradas contra o céu e dentro da escuridão, transformavam-se em coriscos. Depois deste dia, ela se recolheu e dizem que vive adormecida debaixo das grandes cidades. Contam também que ela só acorda para anunciar o verão no céu em forma de Serpentário, ou durante as grandes tempestades para assustar, com a luz dos relâmpagos, as tribos apavoradas.

terça-feira, 2 de março de 2010

A Lenda das Sete Cidades

A Lenda das Sete Cidades, Terra de Atlantes é uma tradição oral da ilha de São Miguel nos Açores. Engloba os mitos da lendária Atlântida, descrita por Platão e a fé cristã. Conta a lenda que na ilha das Sete Cidades vivia uma princesa muito bonita de nome Eufémia, filha do rei Atlas e neta do deus Júpiter. A princesa tinha uma alma bela e pura, como o seu corpo. Adorava a liberdade, e por isso recusou o casamento preparado por seu pai com um dos filhos deNeptuno, monarca de outros tantos reinos na Atlântida. Neptuno ficou muito ofendido com a recusa da princesa Eufémia e mandou destruir o reino do seu pai, tendo nessa contenda morrido a princesa. No outro mundo a princesa ter-se-á convertido à fé cristã e desejado voltar à Terra para espalhar o bem. O seu desejo foi satisfeito. Quando voltou à terra para cumprir os seus novos desígnios, foi posta numa ilha a que alguém num passado muito antigo tinha dado o nome de Sete Cidades. Era então um local muito pobre, onde se vivia em grande miséria e dor. Com a chegada da princesa, rapidamente as coisas começaram a mudar e a vida melhorou nas Sete Cidades, levando ao desaparecimento da dor e da miséria. Actualmente, na ilha de São Miguel ainda há quem acredite que a bela princesa Eufémia habita a ilha. Vive na caldeira dentro do grande vulcão que fez nascer o Vale das Sete Cidades, encarnada numa bela solanácea de frutos cor de laranja e muito sumarentos, e cujas folhas têm excelente aplicação medicinal. Diz a lenda que "Aquele que beber deste mágico filtro espiritual fica curado das suas mágoas, defendido dos seus infortúnios".

A Deusa Pele


Pele é a Deusa vulcânica do povo polinésio do Havaí. De acordo com uma lenda, ela aparece para o povo como uma bela e misteriosa jovem diante de um vulcão, ou como uma velha curtida pelo tempo que acende o cigarro com um estalar de dedos. Sua presença ainda é extremamente marcante na história de seu povo, tanto como culto quanto em suas manifestações vulcânicas permanentes. São comuns oferendas de flores, cigarros, bebidas e jóias nas crateras do vulcão Kilauea, sua morada, assim como suas "aparições", como uma linda mulher pedindo carona para os desavisados turistas que passeiam em noite de lua cheia. Dizem que ela passeia vestida de vermelho e acompanhada por um cão branco. Se você cruzar com ela, recomendo-lhe a fazer o que ela lhe pede. E se você for ao Havaí, jamais remova qualquer rocha de seu vulcão, pois a deusa Pele castiga com muito azar todo aquele que mexer em objetos que estão sob a sua guarda. Embora suas sacerdotisas, as rainhas do Havaí, tenham se convertido ao cristianismo, quando houve a erupção de Mauna Loa, em 1880, a princesa Keelikolani recitou os velhos encantamentos, fez oferendas de panos de seda e gotejou brandy sobre a lava ardente. Pele então se acalmou. A deusa Pele foi uma das primeiras divindades que habitou as ilhas. Ela era uma deusa zelosa e apaixonada de uma cultura que praticava a poligamia. Esta primitiva sociedade era dominada pelo homem e regida por um código moral com severos tabus que ajudavam os havaianos a evitar a ira de Pele. Em 1990, Pele causou a mais devastadora erupção da história do vulcão Kilauea, que com sua fúria destruiu o povoado de Kalapana, na costa sul-oriental do Havaí. Mais de 100 casas, igrejas, escolas e parques foram arrasados por um ardente rio de lavas como prova da ira desta deusa. Quando o humo se dispersou, descobriu-se que a lava milagrosamente não havia devastado somente uma casa, a qual pertencia a um devoto adorador de Pele. Para os havaianos, este estranho incidente fora a prova da maldição de Pele e de seu poder para proteger e destruir. Duas plantas havaianas são associadas especificamente com Pele: a árvore "Ohi'a lehua" e o arbusto "ohelo". Pele também está relacionado com o chakra do plexo solar, que é onde armazenamos toda a nossa energia nervosa. A deusa Pele é reverenciada hoje como aquela capaz de retomar o equilíbrio da natureza. É esta deusa que mobiliza o centro da terra para reacomodar as energias perdidas. Pele é a deusa do fogo e dos vulcões. À medida que seus rios implacáveis de lavas causam destruição em marcha até o oceano, uma nova terra é criada, o que evidencia a dualidade da destruição e criação como arquétipo de transformação permanente. Para demonstrar sua devoção à deusa, os havaianos a glorificam com cantos e danças sagradas. Estas danças sensuais e místicas se denominam "Hula" e são o único vestígio da antiga vida havaiana.Os sons da hula não são compostos por mortais, mas pelo espírito de Pele que os transmitem aos seus cultuadores. Acredita-se que todos aqueles que aprendem as danças estão possuídos por Pele. Um erro nos passos representa que pele rejeitou o dançarino.

O poder de Pele permanece desconcertando geólogos e aferventando temores entre os seus adoradores. A Deusa Pele merece um lugar de destaque na grande mitologia da humanidade. Pele vivia com sete irmãos e seis irmãs em Kahiki (Thaiti). Um dia, se apaixonou por um rapaz, Hi’iaka. Mas o moço não se interessou por ela e se encantou com Lohi’au, sua irmã. Possessa, Pele mandou construir uma canoa bem forte que pudesse resistir à força das marés. Desiludida, ela foi para o Havaí. A pequena canoa, chamada, O ka-moho-ali’i, triunfou sobre a violência das ondas. Ao chegar à ilha, Pele se refugiou dentro do mais violento dos vulcões, o Kilauea. Até hoje, a cada erupção, os nativos juram que a lava do vulcão é a lágrima da deusa abandonada.