segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Bruxa de Gwrach-y-rhibyn

O significado do nome Gwrach-y-rhibyn, literalmente é "Bruxa da Bruma" mas é mais comumente chamada de "Bruxa da Baba". Dizem que parece com uma velha horrenda, toda desgrenhada, de nariz adunco, olhos penetrantes e dentes semelhantes a presas. De braços compridos e dedos com longas garras, tem na corcunda duas asas negras escamosas, coriáceas como a de um morcego. Por mais diferente que ela seja da adorável banshee irlandesa, a Bruxa da Baba do País de Gales lamenta e chora quando cumpre funções semelhantes, prevendo a morte. Acredita-se que a medonha aparição sirva de emissária principalmente às antigas famílias galesas. Alguns habitantes de Gales até dizem ter visto a cara dessa górgona; outros conhecem a velha agourenta apenas por marcas de garras nas janelas ou por um bater de asas, grandes demais para pertencer a um pássaro. Uma antiga família que teria sido assombrada pela Gwrach-y-rhibyn foi a dos Stardling, do sul de Gales. Por setecentos anos, até meados do século XVIII, os Stardling ocuparam o Castelo de São Donato, no litoral de Glamorgan. A família acabou por perder a propriedade, mas parece que a Bruxa da Baba continuou associando São Donato aos Stardling. Uma noite, um hóspede do Castelo acordou com o som de uma mulher se lamuriando e gemendo abaixo de sua janela. Olhou para fora, mas a escuridão envolvia tudo. Em seguida ouviu o bater de asas imensas. Os misteriosos sons assustaram tanto o visitante que este voltou para cama, não sem antes acender uma lâmpada que ficaria acesa até o amanhecer. Na manhã seguinte, indagando se mais alguém havia ouvido tais barulhos, a sua anfitriã confirmou os sons e disse que seriam de uma Gwrach-y-rhibyn que estava avisando de uma morte na família Stardling. Mesmo sem haver um membro da família morando mais no casarão, a velha bruxa continuava a visitar a casa que um dia fora dos Stardling. Naquele mesmo dia, ficou-se sabendo que o último descendente direto da família estava morto.

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sábado, 28 de novembro de 2009

A Busca dos Mortos de Nechtansmere

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Fazia uma noite desagradável, a chuva se transformara em neve e a estrada estava perigosa. A senhorita E. F. Smith saíra de uma festa e ia voltando para casa, no remoto vilarejo escocês de Letham, no dia 2 de janeiro de 1950, quando o carro derrapou e caiu num barranco. Ela não teve outra alternativa senão percorrer o resto do caminho a pé, com seu cachorro. Eram umas duas da madrugada quando se aproximou de Letham, levando o cãozinho de estimação no colo. Num grande campo, viu o que mais tarde classificaria como "fantástico". Vultos com tochas acesas na mão movimentando-se em círculos, como se estivessem andando à beira de uma barreira invisível. Ao se aproximar, a senhorita Smith constatou que se tratavam de homens vestidos com roupas às antigas, procurando alguma coisa no chão.

O cão começou a rosnar, fazendo com que a senhorita Smith
saísse o mais rápido possível, pois tinha medo de interromper a busca daquelas pessoas estranhas. A história acabou chegando até a Sociedade de Pesquisa Psíquica, cujos investigadores concluíram que a senhorita Smith poderia ter visto uma reencenação da Batalha de Nechtansmere. Travada às margens de um lago raso, em 685 d.c, o confronto brutal entre os habitantes da Escócia e da Nortúmbria acabou com a morte de Ecgfrith, Rei da Nortúmbria, e uma vitória total dos escoceses. Talvez, especulam os pesquisadores e historiadores, a cena espectral representasse os celtas recolhendo seus mortos nas margens do lago, há muito desaparecido.



Guerreiros Fantasmas da Colina Cadbury



Esse relato fantástico seria apenas mais uma história de fantasmas se não fosse corroborado posteriormente por várias pessoas em épocas diferentes. Tais "Cavaleiros de Fogo" seriam os ocupantes de Cadbury. Segundo a lenda local, a colina havia sido a sede da Corte de Arthur. Arqueólogos confirmam que o antigo forte pode ter sido a morada de algum chefe do século VI, na época em que o Rei Arthur lutou contra os Saxões. Há séculos que os moradores do local afirmam que o espectro de Arthur e de seus cavaleiros moram no interior da Colina de Cadbury e que patrulham o forte nas noites de luar. Uma professora primária contribuiu para a fama misteriosa da região ao relatar ter visto uma estranha procissão na Colina Cadbury, na década de trinta. Ao passar de carro no sopé da colina com seu amigo, afirmou ter visto várias luzes incandescentes em linha descendo o morro lentamente. Aproximado-se mais do local, puderam constatar que tais luzes eram provenientes de tochas presas à ponta das lanças de dezenas de cavaleiros, estes liderados por um "grande" cavaleiro negro que os guiaria novamente para a escuridão.Existem centenas de lendas que envolvem o tranqüilo Oeste Bretão, com Fadas, Duendes e Fantasmas transitando pelas colinas e também com Cães Sobrenaturais que vagam pelos Pântanos de Dartmoor. Mas talvez a mais poderosa das lendas da região seja a do Castelo de Cadbury, no Condado de Solertes. O forte abandonado da Idade do Ferro fica no topo de um morro que tem a fama de ser não só oco, como habitado.



Os Espectros de Glamis

Segundo a Lenda, a família Bowes Lyons, condes de Strathmore, é marcada por uma triste sina: muitos de seus mortos não tiveram o descanso eterno, e ainda vagam por suas Terras e Castelos. Seu lar ancestral, no condado de Angus, Escócia, é o soturno Castelo de Glamis, um edifício ameaçador que Shakespeare escolheu como cenário para Macbeth. De fato, o Rei escocês Malcon II foi morto a punhaladas em Glamis, no século XI, e consta que até hoje seu sangue ainda mancha o chão de um dos incontáveis aposentos do Castelo.
Entre os muitos fantasmas de Glamis, encontram-se uma senhora de cinza que dizem ter sido morta quando caiu na grande lareira do Salão Principal durante um Bai
le, um garotinho negro que foi espancado até a morte por seu então patrão e um Conde de Strathmore que supostamente teria perdido sua alma ao Diabo

durante um jogo de cartas. Também se acredita que mora no Castelo uma sombra de uma criança terrivelmente deformada, trancafiada pela família num aposento secreto.





Castelo de Glamis

O Frade Negro de Byron

Conta-se que na Abadia de Newstead, no condado de Norttingham, Inglaterra, lar ancestral da pitoresca família Byron, era assombrada pelo fantasma de um frade malvado que se deliciava com infortúnios alheios.
A Abadia serviu de mosteiro para os cônegos agostinianos durante quase quatrocentos anos. Mas no século XVI, irado com a oposição da Igreja Católica à anulação de sua união com Catarina de Aragão, Henrique VIII começou a confiscar os bens da Igreja e dividi-las entre alguns de seus nobres. A Abadia de Newstead coube aos Byron e ficou com a família pelos trezentos anos seguintes. O último Lord Byron a herdá-la foi ninguém menos que o dissoluto poeta romântico, George Gordon, que não só amava a propriedade como lá encontrou alimento para seus poemas no mais notável de seus vários fantasmas: o Frade Negro.
Ninguém sabe quem teria sido em vida, essa alma penada, mas alguns acreditam que sua sombra, encapuzada e de feições escuras, representava a praga da Igreja contra os usurpadores de suas Terras. Diz a Lenda que quando um membro da família morria, o monge fantasma fazia uma visita para se regozijar com a desgraça. Por outro lado, apresentava-se de cara pesarosa em ocasiões felizes. Uma aparição contrita era norma nos nascimentos e em alguns casamentos - mas não em todos. O Poeta Lord Byron asseverou ter visto o fantasma muito contente em seu próprio casamento com Annabella Milbanke, que ele qualificaria mais tarde como o acontecimento mais infeliz de toda sua vida. Em seu Don Juan, Byron faz alusão ao Frade Negro:

Lord Byron
"Sobre o tálamo nupcial, dizem os rumores
Na noite das bodas de leve esvoaça;
Mas ao leito de morte de seus senhores
Não falha - para gozar a desgraça."

Iemanjá

Iemanjá é considerada a mãe da humanidade, grande provedora que proporciona o sustento a todos os seus filhos. Na África, dizem que Iemanjá é filha de Olokun, a riquíssima deusa do oceano, dona de todas as riquezas do mar. Iemanjá foi esposa de Orunmilá. Senhor dos oráculos, e de Olofin, o poderoso rei de Ifé, com quem teve dez filhos.Cansada de sua permanência em Ifé e da convivência com o marido, Iemanjá fugiu do palácio em direção ao entardecer, a oeste, para as terras de Abeokutá. Sua mãe Olokun lhe havia presenteado, certa vez, com uma garrafa mágica, e disse que em caso de perigo era só quebra – la e o mar viria para socorrer Iemanjá.Inconformado por perder sua esposa, Olofin ordenou ao exército de Ifé que fosse atrás dela. Os soldados a alcançaram, mas ela se recusou a voltar para Ifé e, ao ver – se sem saída, jogou a garrafa contra o chão, quebrando -a. Formou – se um fio que, correndo em direção ao oceano levou Iemanjá para morada de sua mãe Olokun. Iemanjá também foi casada com Oxalá, a união claramente representada pela fusão do céu e do mar no horizonte. É considerada a mãe de todos os Orixás, é a manifestação da procriação, da restauração da emoções e símbolo da fecundidade. Seu nome deriva da expressão YEYÉ-OMO-EJÁ, significa A mãe dos Filhos Peixes.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Mulher de Luto




A Mulher de Luto [Klage-weib] é um tipo de fantasma internacional. A expressão Klage-weib é alemã, significando "Mulher que se lamenta" e refere-se a uma mulher grande; uma aparição alemã. Quando se aproxima uma tempestade e a lua brilha debilmente, sua sombra gigantesca pode ser vista em roupas esvoaçantes e funéreas, os olhos cavernosos e o olhar congelante. Ela estende seu longo braço e chora sobre as casas marcadas pela morte que se aproxima. Mas a "Mulher de Luto" também existe South Gloucestershire, Inglaterra, assombrando o cemitério de Charfield. Na versão inglesa, ela cobre o rosto com as mãos, demonstrando sua tristeza. Em Tyrol [região entre a Itália e a Áustria], também existe uma mulher de branco cujo vulto pode ser visto nas janelas das casas prenunciando que, ali, alguém vai morrer.