segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pomo da Discórdia


Segundo conta a lenda, a Guerra de Tróia teria começado por causa de uma disputa ocorrida no casamento do mortal Peleu com a deusa Tétis, pais do glorioso e mais importante herói homérico o semi-deus, Aquiles. Todos os deuses foram convidados para as núpcias, temendo que algo pudesse sair errado, os noivos resolveram deixar de lado somente Éris a deusa da discórdia. Furiosíssima por ter sido preterida, resolveu acabar com a alegria reinante e entregou aos olímpicos uma linda maçã, toda de ouro, com a inscrição "Para a mais bela". A confusão já estava armada. As três deusas mais poderosas Hera, Afrodite e Atena, imediatamente se colocaram a disputar o troféu. Nenhum dos deuses quis se meter a juiz nessa confusão, inclusive o rei do Olimpo, Zeus. Esse, sabiamente, resolveu se livrar do espinhoso fardo e passá-lo à Pàris, um mortal que era filho do rei Príamo, de Tróia. Na época, Páris trabalhava como pastor e vivia feliz ao lado de uma ninfa adorável chamada Enone. Vivia no campo pois sua mãe, dias antes de seu nascimento, sonhara que estava dando a luz a serpentes flamejantes que se enrolavam entre si, depois pediu aos adivinho para interpretar o sonho e eles disseram que o bebê destruiria Tróia e todo seu território. Assim estavam as coisas até surgirem diante de Páris as 3 divindades em suas formas mais reluzentes e magníficas. Todas tentaram persuadi-lo com oportunidades infinitamente gloriosas. Em troca da maçã de ouro, Atena ofereceu a Páris a chefia de uma histórica e vitoriosa guerra. Já Hera ofereceu a ele a glória de ser o Rei absoluto de toda a Europa e Ásia. E Afrodite por sua vez, garantiu a ele o amor da mais bela mulher do mundo. Páris então, confuso em meio a tantas maravilhas oferecidas a si, concedeu o título a Afrodite. E a deusa, ignorando solenemente a presença de Enone, realizou o desejo do jovem. A deusa sabia exatamente onde se encontrava a mais bela mulher do mundo: era Helena casada com o rei de Esparta, Menelau. Auxiliados por Afrodite, Helena e Páris fugiram para Tróia. Assim que soube da traição, Menelau enfurecido foi pedir auxílio ao seu inescrupuloso irmão, o rei Agamenon para junto com ele persuadir todos os grandes generais e reis da Grécia numa marcha colossal contra os troianos (inclusive o rei da província de Ítaca, Odisseu, arquiteto do plano com o Cavalo de Tróia e posteriormente famoso pela Odisséia). Agamenon viu no infortúnio do irmão a oportunidade perfeita para conquistar Tróia, até então conhecida como impenetrável. E foi a partir desse momento que começava a mundialmente conhecida Guerra de Tróia, No fim Páris cumpriu a missão perdendo a guerra e causando a destruição de Tróia. E a famosa maçã passou a ser conhecida como "o pomo da discórdia" - que hoje indica qualquer coisa que leve as pessoas a brigar entre si.


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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Teseu

Teseu era um herói grego filho de Egeu, rei de Atenas e de Etra, filha do rei de Trezena. Embora não haja registros históricos que provem indiscutivelmente que Teseu existiu, alguns historiadores supõem que ele governou Atenas entre 1234 a.C. e 1204, como consta na lista tradicional dos Reis de Atenas. Egeu ao deixar Etra ainda grávida por ter de retornar à Atenas, colocou embaixo de uma grande pedra sua espada e suas sandálias e determinou que quando Teseu atingisse a maioridade, rolasse a pedra para tirar os objetos de lá e então seguir ao encontro dele em Atenas, assim Etra o fez.
Após remover a pedra com facilidade e apanhar os objetos, Teseu corajoso e querendo conquistar fama decidiu ir até seu pai pelo caminho de terra firme que era mais perigoso e cheio de salteadores.
No primeiro dia de viagem chegou a Epidauro e se deparou com Perifetes, filho de Vulcano. Teseu o derrotou e se apoderou de seu bastão de ferro. Mais tarde, se deparou com Procrusto, monstro que amarrava suas vítimas em sua cama de ferro, se a vítima fosse menor que a cama ele a esticava até que desse para amarrar e se fosse maior ele cortava algumas partes até que se encaixasse. Teseu o enfrentou e o derrotou, colocando-o sobre a cama da mesma forma que ele fazia. E até chegar em Atenas, derrotou vários outros tiranos e salteadores, entre eles, Sínis gigante filho de Poseidon, que amarrava seus inimigos em um pinheiro e os arremessava contra rochas, envergando o mesmo até o chão. Teseu fez o mesmo com Sínis, e prosseguiu em sua viagem.
Quando Teseu chegou em Atenas já era conhecido pelos seus feitos, mas o rei Egeu não sabia que ele era seu filho. Medéia já estava instalada no palácio real depois de fugir de Corinto após o assassinato de 4 pessoas, inclusive seus dois filhos. Medéia sabia da identidade do herói, mas não contou a Egeu e sim convenceu-o a matar o forasteiro que poderia ser uma ameaça ao seu reinado. Colocou veneno no vinho e ofereceu ao visitante ilustre. Teseu tirou a espada para seu conforto à mesa e Egeu o reconheceu, evitando assim a sua morte. Medéia mais uma vez foi expulsa de um reino. Naquela época, a cidade de Atenas estava sendo obrigada a pagar tributos ao rei de Creta, Minos. Tais tributos eram pagos com 7 rapazes e 7 donzelas para que alimentassem o Minotauro, o monstro com corpo de homem e cabeça de touro. A criatura vivia num labirinto onde ninguém conseguia sair sem ajuda. Diante do fato, Teseu se ofereceu como uma das vítimas para poder derrotar o Minotauro.
Entrou no lugar de um jovem e partiu para Creta para entrar no Labirinto. Na partida usou velas pretas para navegar e seu pai entregou-lhe um jogo de velas brancas, para usar caso saísse vitorioso na missão. Com efeito, a linda Ariadne, filha do poderoso Minos, apaixonou-se por Teseu e combinou com ele um meio de encontrar a saída do terrível labirinto. Um meio bastante simples: apenas um novelo de lã. Ariadne ficaria à entrada do palácio, segurando o novelo que Teseu iria desenrolando a medida que fosse avançando pelo labirinto. Para voltar ao ponto de partida, teria, apenas, que ir seguindo o fio que Ariadne seguraria firmemente. Teseu avançou e matou o monstro com um só golpe na
cabeça. Infelizmente, ele esqueceu de colocar uma vela branca na sua volta de barco à Atenas, como tinha prometido ao seu pai, o Rei Egeu. Vendo uma vela preta e assumindo então que Teseu estava morto, Egeu se lançou do penhasco, dando o seu nome ao mar Egeu.
O herói assumiu então o governo: uniu os povos da Ática, com capital em Atenas, adotou o uso da moeda, criou o Senado, promulgou leis e instaurou a base da democracia. Cumpridas essas tarefas, Teseu retomou à vida de aventuras. Depois de lutar contra as amazonas, uniu-se à rainha delas, Antíope. Por motivos políticos, casou-se com Fedra, que depois apaixonou-se por Hipólito, filho de Teseu com Antíope. Ao lado do amigo Pirítoo, raptou Helena de Esparta, mais tarde resgatada por seus irmãos Castor e Pólux, e desceu aos infernos para tentar raptar também Perséfone, esposa de Plutão, mas este os manteve presos em suas cadeiras durante um banquete.Anos depois, Teseu foi salvo por Hércules. Ao voltar a Atenas, Teseu encontrou-a dilacerada por lutas internas, pois os cidadãos o julgavam morto. Triste, desistiu do poder, mandou os filhos para a Eubéia e, amaldiçoando a cidade, exilou-se na ilha de Ciros, onde foi morto por seu primo Licomedes.

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sábado, 22 de janeiro de 2011

Pontianak

O Pontianak é um vampiro fêmea sugador de sangue que se esconde em árvores e túmulos no sudeste da Ásia. O nome significa “fantasma da criança nascida", porque a crença diz que ela é uma mulher que morreu durante o parto. O Pontianak aparece como uma linda mulher até atacar a sua vítima, quando ela se torna uma velha feia com dentes afiados. Às vezes, somente a cabeça aparece, com as tripas penduradas do pescoço. Segundo a lenda, ela caça principalmente mulheres grávidas e bebês, devido ao ciúme originado antes de sua morte. Mas os homens também correm riscos – na verdade atacar uma mulher no sudeste da Ásia dá azar, principalmente uma mulher casada, porque ela poderá voltar para pegar você! Os cépticos dizem que Pontianaks não passam de corujas grandes, cujas caras se parecem com as dos humanos quando surgem da escuridão.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Métis

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Métis na mitologia grega era uma deusa titânica filha de Tétis e Oceano.

Métis era a deusa da sabedoria e prudência, era a reflexão personificada. Foi a primeira esposa de Zeus. Foi ela que deu a Cronos a beberagem que o fez regurgitar todos os filhos que havia engolido. Quando Métis estava grávida de Zeus, Gaia profetizou que Métis teria dois filhos: a primeira, Tritogenia, seria igual a Zeus em força e sabedoria, e o segundo seria reis de homens e deuses e que iria destronar seu pai. Zeus, temendo que isto acontecesse, engoliu a deusa viva e, junto com Métis foi engolida a sabedoria e os seus valores. Depois a cabeça de Zeus cresceria assustadoramente e Zeus ordenou a Hefesto que lhe abrisse a cabeça com um golpe de machado e dela nasceu Atena, saída já adulta e armada para a guerra.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Leito de Procusto



Procusto era um assassino grego da Ática, antiga região da Grécia. Um assassino extremamente sanguinário. De acordo com a lenda, Procusto oferecia pousada a solitários viajantes que passavam pela floresta onde vivia, tentando demonstrar bondade e compaixão, dando conforto às suas vítimas. Então suas vítimas eram amarradas e Procusto as deitavam num leito de tamanho único. Quando sua vítima era alta, Procusto cortava seus pés até que a pessoa se encaixasse perfeitamente no leito, e quando sua vítima era baixa, era usado um mecanismo para estirar o corpo até que este ficasse do tamanho perfeito da cama.
Suas terríveis torturas continuaram até que o herói Teseu o capturou. O herói prendeu Procusto e o deitou lateralmente em sua própria cama e cortou-lhe a cabeça e os pés, aplicando-lhe o mesmo suplício que infligia aos seus hóspedes.
Procrusto
significa "o esticador", em referência ao castigo que aplicava às suas vítimas. A mesma personagem é às vezes referida como Polipémon ou Damastes.
O mito é usado como metáfora para criticar tentativas de imposição de um padrão.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Proteu

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Proteu é um deus marinho da mitologia grega, filho dos titãs Tétis e Oceano, mas outras versões dizem ainda que é filho de Poseidon e Fênice. Representa o mar calmo e sedutor. Proteu era o pastor dos rebanhos de Poseidon. Como recompensa pelo seu trabalho, Poseidon o presenteou com o dom da premonição.
Graças ao seu dom, muitos o procuravam para saber o que os esperava no futuro. Porém, não lhe era prazeroso contar os acontecimentos vindouros; então, quando algum humano se aproximava, ele fugia ou metamorfoseava-se, assumindo aparências monstruosas e assustadoras. Porém, se o homem fosse corajoso o bastante para passar por isso, ele lhe contava a verdade.
Eidotéia disse a Menelau que, para Proteu contar-lhe seu futuro, era preciso surpreendê-lo durante o sono e amarrá-lo de maneira que não pudesse escapar, pois ele tomava todas as formas para espantar os que se aproximavam: a de leão, dragão, leopardo ou terríveis monstruosidades, mas se se perseverava em conservá-lo bem ligado, retomava a primitiva forma e respondia a todas as perguntas que se lhe fizessem.
Menelau seguiu as instruções da ninfa. Com três dos seus companheiros, entrou de manhã, nas grutas em que Proteu costumava ir ao meio-dia descansar, juntamente com os rebanhos. Assim que Proteu fechou os olhos e tomou uma posição cômoda para dormir, Menelau e os seus três companheiros se atiraram sobre ele e o apertaram fortemente entre os braços. Era inútil metamorfosear-se: a cada forma que tomava, apertavam-no com mais força. Quando enfim esgotou todas as suas astúcias Proteu voltou à forma ordinária, e deu a Menelau os esclarecimentos que este pedia.
No quarto livro das Geórgicas, Virgílio, imitando Homero, conta que o pastor Aristeu, depois de haver perdido todas as suas abelhas, foi a conselho de Cirene, sua mãe, consultar Proteu sobre os meios de recuperar os enxames, e para lhe falar, recorreu aos mesmos artifícios.
Um outro Proteu é mencionado por Heródoto como rei do Egito, durante a Guerra de Tróia. Este pode ser identificado com o Faraó Setenáquete, fundador da XX dinastia egípcia.
Proteu teve filhos, dois deles gigantes, Tmolos e Telégono, monstros cruéis que não podendo chamá-los ao sentimento da humanidade, tomou o partido de retirar-se para o Egito, com o socorro de Poseidon, que lhe abriu uma passagem sob o mar. Também teve filhas, entre elas a ninfa Eidotéia.


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