quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Lenda do folar de Páscoa



A lenda do folar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de origem. Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa. Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer.
Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.
Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina.
Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.


Fonte: Infopédia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mimir


Mimir é um dos deuses gigantes antigos. Obteve todo o seu conhecimento ao beber do poço da Grande Sabedoria nas raízes de Yggdrasil. Guardião da fonte da sabedoria, o mais sábio dos deuses nórdicos. Para conseguir seu conhecimento, Odin se tornou peregrino e se dirigiu até o poço de Mimir, para pedir o conhecimento que havia nas suas águas. Mas Mimir não cedeu gratuitamente, então pediu em troca um olho do deus, Odin arrancou o olho e entregou-o a Mimir, que lançou-o para o fundo do poço. Então Odin decepou a cabeça de Mimir e a manteve viva e a consultava para saber segredos ocultos. Odin soube tudo o que se podia saber, até o fim que esperava o Universo e os deuses, após a luta final que teria no campo de Vigrid. Todo esse conhecimento, transformou o radiante deus num ser taciturno, dado que a carga da ciência, a responsabilidade, também a maduridade, a conciência de todo o Universo, divino e humano.

Skadi



Ela é a linda filha do gigante Tjazi, na mitologia nórdica ela era a deusa do inverno e da caça. Depois da morte de Tjazi, assassinado devido a mais uma peripécia de Loki, Skadi decide vingar-se dos Ases, que não sendo capazes de se defenderem batendo numa Mulher, resolvem reparar o mal pedindo a Skadi que casasse com um deles.
Tendo em conta, unicamente os seus pés, já que o resto do corpo estava tapado, para que a sua escolha fosse aleatória, Skadi escolhe os pés mais bonitos, pensando ser os de Balder. É o Deus Njörðr que é escolhido e com quem vai viver para as montanhas gélidas e ruidosas. no entanto Njord fosse o Deus da Água das praias ele não conseguiu coabitar com o gelo de Skadi.
O casamento não deu certo, pois enquanto seu esposo preferia viver nas praias e perto do mar, em Nóatún, ela preferia habitar as montanhas e os lugares altos, em Þrymheimr, antigo palácio de seu pai.
Do casamento de Skadi e Njord nasceram Freya e Frey.
Em outras fontes da mitologia, diz-se que ela casou-se mais tarde com outro deus, o Æsir Uller.

sábado, 16 de abril de 2011

Siegfried

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Siegfried é um herói lendário da mitologia nórdica e personagem central da Saga dos Nibelungos. As primeiras representações de sua lenda vêm de sete pedras rúnicas da Suécia. É o herói do Nibelungenlied e das óperas Siegfried e Götterdämmerung de Richard Wagner. Siegfried é o filho póstumo de Sigmund com sua segunda esposa, Hiordis. Sigmund morre em batalha quando ataca Odin (sob disfarce), e Odin destrói sua espada. Ao morrer, Sigmund anuncia à Hiordis sua gravidez e a deixa os fragmentos de sua espada para o filho ainda não nascido. Hiordis se casa com o rei Alf, que resolve enviar Siegfried a Regin. Regin tenta Siegfried em ganância e violência: ele começa perguntando ao jovem se ele possui controle ao ouro do pai. Ao ser respondido que Alf e sua família controlam o ouro e que ele daria o que Regin desejasse, Regin questiona o motivo dele ter uma posição modesta na corte. Siegfried replica que era tratado como igual pelos reis, mas Regin pergunta o motivo do jovem não ter um um cavalo próprio. O jovem então obtém Grani para si, um cavalo descendente de Sleipnir, do próprio Odin. Por fim, Regin o conta a história de um interessante tesouro: O pai de Regin era Hreidmar cujos dois irmãos eram Ótr e Fafnir. Certo dia, Loki vê Ótr como um peixe, o confunde com uma lontra o mata. Loki leva o corpo para perto da casa de Hreidmar para exibir a captura. Hreidmar, Fafnir e Regin percebem a morte, e exigem que Loki preencha o cadáver com ouro e encubra a pele com tesouro fino como compensação da morte. Loki havia capturado Andvari e exigido todo o ouro do anão. Ele recebe o tesouro, exceto pelo anel. Entretanto, Loki também obtém o anel, mas carregado com uma maldição de morte a quem o usasse. Loki usa esse ouro para preencher o cadáver, cobre a pele também com ouro e finaliza com o anel. Por fim, Fafnir mata Hreidmar e toma o ouro. Siegfried aceita matar Fafnir, que se transforma em dragão para poder proteger melhor seu ouro. Hábil como ferreiro, Regin constrói uma espada para Siegfried, que a testa numa bigorna. Por ter sido quebrada, Regin o faz outra espada, que também quebra. Por fim, Regin constrói uma espada a Siegfried a partir dos fragmentos da espada deixada por Sigmund. O resultado é a Balmung, que consegue destruir a bigorna.

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Regin por Arthur Rackham

Siegfried então mata o dragão Fafnir, e se banha com o sangue do inimigo para ter invulnerabilidade, exceto por um dos ombros, coberto por uma folha. Regin então pede a Siegfried o coração de Fafnir. Siegfried também bebe um pouco do sangue do dragão, ganhando a habilidade de entender a língua dos pássaros. Os pássaros o alertam para matar Regin, que tramava a morte do jovem. Siegfried cumpre o pedido, mata Regin e consome o coração de Fafnir, recebendo o dom da sabedoria. Siegfried então encontra Brynhild, líder das nove valquírias, e os dois se apaixonam. Ele também conhece Gjúki, que tinha três filhos e uma filha com sua esposa, Grimhild. Os filhos eram Gunnar, Hogni e Guttorm, e a filha era Gudrun. Grimhild fez uma poção mágica para forçar Siegfried a esquecer Brynhild, para que ele pudesse se casar com Gudrun. Posteriormente, Gunnar queria casar com Brynhild. Entretanto, por ter desobedecido uma ordem direta de Odin, Brynhild perde a imortalidade. Odin a fez adormecer sobre uma pedra no alto de uma montanha e cercou todo o local com fogo. Ela deveria ficar dormindo ali até que um guerreiro destemido atravesse o fogo e a despertasse com um beijo. Somente Grani, o cavalo de Sigurd, poderia ultrapassar as labaredas de fogo que cercavam Brynhild. Siegfried incorpora Gunnar, passa as chamas e ganha Brynhild para Gunnar. Posteriormente, Brynhild questiona Gudrun por ter um marido melhor, e Gudrun a explica tudo que aconteceu. Por ter sido enganada, Brynhild planeja vingança. Primeiramente, ela se recusa a falar com os outros. Siegfried é enviado por Gunnar para averiguar o que estava errado, e Brynhild o acusa de tomar liberdades com ela. Por essa acusação, Gunnar e Hogni planejam a morte de Siegfried e encantam seu irmão Guttorm para realizar o feito. Guttorm mata Siegfried na cama, com uma lança diretamente no seu ponto fraco, que havia sido coberto pela folha ao se banhar com o sangue do dragão. Brynhild mata o filho do herói, Sigmund, que tinha três anos. Sabendo que o amado havia sido enfeitiçado para esquecê-la, ela trama sua própria morte, e constrói uma pira funerária para Siegfried, a Sigmund, a Guttorm e a si própria.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Nêmesis

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Nêmesis é deusa da vingança na mitologia grega. Era contra o orgulho e a arrogância e também contra quem não cumpria as leis. Era filha da titã Nix, porém não se sabe quem é seu pai, pois Nêmesis e as irmãs sempre foram criadas isoladas pela mãe. Nêmesis foi criada junto com Têmis que era filha de Gaia, que foi dada a Nix, e foram criadas como irmãs. São as duas deusas com a mesma educação e também atributos comuns. Apesar de Nêmesis nascer na familia da maioria dos deuses trevosos, vivia no monte Olimpo e figurava a vingança divina. Nasceu ao mesmo tempo em que Gaia concebeu Têmis. Gaia, preocupada com a infante Têmis, que poderia vir a ser vítima da loucura de Urano, entregou-a a Nix.
Têmis tornou-se a personificação da ética e Nêmesis a personificação da vingança. Em Ramnunte localizava-se o templo de Nêmesis, e onde havia uma estátua das duas deusas juntas (as mais belas estátuas de Têmis e de Nêmesis). A estátua da deusa foi esculpida por Fídias num bloco de mármore de Paros trazido pelos persas e destinado a fazer um troféu. Os persas tinham-se mostrado muito seguros da vitória e nunca tomaram Atenas, pois Nêmesis tomou partido em favor de Atenas. Nêmesis encorajou o exército ateniense de Maratona.
Nêmesis castigava aqueles que cometiam crimes e ficavam sem penitências, os filhos que xingavam os pais, consolava as mulheres que ficavam sem seus maridos e também ajudava aqueles que tinham que pagar injustamente, pois nada tinham cometido. Nêmesis era uma deusa muito atraente e bonita, assim como Afrodite. Lembra também um anjo, pois tem asas em suas costas.
Uma de suas aventuras amorosas foi com Zeus que a perseguiu incansavelmente, mas ela não queria nada com ele e se transformava em vários tipos de coisas, até que um dia ela se transformou em gansa e Zeus por sua vez se transformou em Cisne e com isso conseguiu seu amor e uma filha com ela também, que botou um ovo e deste ovo nasceu Helena.
Um dos castigos que Nêmesis deu foi a Narciso que por ser muito bonito, desprezava o amor, e muitas donzelas sofriam por amor por causa dele e pediram vingança aos céus. Até que um dia Narciso saiu para caçar e Nêmesis preparou um calor muito forte, que Narciso teve que parar para beber água em uma fonte, mas então viu seu reflexo e se deslumbrou com tanta beleza, foi aí que Narciso ficou até sua morte.
Outro castigo que Nêmesis proporcionou foi pra Creso que era deslumbrado com sua riqueza, e só pensava no seu dinheiro, até que ela levou Creso para uma expedição contra Ciro II da Pérsia e ele acaba perdendo tudo o que tinha, assim fica em ruínas.
Atualmente algumas pessoas chamam de Nêmesis os seus piores inimigos, aquela pessoa que é muito diferente de si próprio, mas ao mesmo tempo se tem muita semelhança. Aquela pessoa que ao mesmo tempo em que é seu inimigo, também lhe traz muita admiração.


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