terça-feira, 29 de junho de 2010

Seshat


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Seshat ou Sechat era uma deusa da mitologia egípcia, originária da região do Delta do Nilo associada à escrita, à astronomia,à arquitetura, e à matemática. O seu nome significa "a que escreve". Recebia também os títulos de "Senhora dos Livros" ou "Senhora dos Construtores". Trata-se de uma deusa antiga, era vista como companheira ou filha deToth, divindade também associada à escrita e ao conhecimento. Enquanto que Thot representava o conhecimento oculto, Seshat representava o conhecimento visível, que se concretizava. Tinha uma irmã chamada Mafdet que estava associada à justiça. Na II Dinastia surge na cerimónia da fundação dos templos e em particular no ato ritual de "esticar a corda", durante o qual se acreditava que a deusa Seshat, através de um sacerdote, ajudava nos cálculos necessários à construção de um novo templo, graças aos conhecimentos que possuía sobre estrelas e matemática.

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A partir do Império Antigo surge representada a registar os animais (vacas, ovelhas, macacos...) que os reis capturam como saque durante as campanhas militares ou que lhes são entregues como tributo, como se pode ver no templo de Senuseret I em Licht. No Império Novo,Sechat surge associada à celebração do jubileu do monarca, registando nas folhas da árvore sagrada de Heliópolis os anos de reinado. Está representada nos templos de Karnak e Abidos realizando esta função. Nesta época surge uma deusa parecida com Sechat, que realiza funções semelhantes e que se denominada Sefekhetabui. Representada como uma mulher vestida com uma pele de leopardo vestimenta usada pelos sacerdotes nos ritos funerários, tinha sobre a sua cabeça um objecto indeterminado apoiado numa vara, que alguns consideram ser uma estrela com cinco ou sete pontas, ou então uma roseta. A interpretação deste símbolo varia: para alguns seria um planta de papiro estilizada ou então uma estrela. Nas suas mãos tinha uma cana e uma paleta, dois instrumentos usados pelos escribas no seu trabalho.

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sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Livro dos Mortos


Livro dos Mortos (cujo nome original, em egípcio antigo era Livro de Sair Para a Luz) é a designação dada a uma coletânea de feitiços, fórmulas mágicas, orações, hinos e litanias do Antigo Egito escritos em rolos de papiro e colocados nos túmulos junto das múmias. O objetivo destes textos era ajudar o morto em sua viagem para o outro mundo, afastando eventuais perigos que este poderia encontrar na viagem para o Além. A idéia central do Livro dos Mortos é o respeito à verdade e à justiça, mostrando o elevado ideal da sociedade egípcia. Era crença geral que diante da deusa Maat de nada valeriam as riquezas, nem a posição social do falecido, mas que apenas os atos seriam levados em conta. Foi justamente no Egito que esse enfoque de que a sorte dos mortos dependia do valor da conduta moral enquanto vivo ocorreu pela primeira vez na história da humanidade. Apenas os reis egípcios, pelo menos durante o governo das primeiras dinastias, pareciam ter acesso direto aos reinos de luz, simbolizados pelo sol, deus Rá, divindade de suma importância no Egito, só suplantada por Osíris. Mas nem mesmo eles poderiam entrar no reino sagrado sem passar por um julgamento, durante o qual deveriam apresentar provas da justiça praticada sobre a terra. Logo depois, a honra da sobrevivência pós-morte foi concedida também aos trabalhadores mais importantes da corte; enfim, a imortalidade tornou-se um dom inerente a todos, mas a presença no tribunal de Osíris continuou sendo obrigatória para qualquer pessoa. Diante de Osíris, o morto deve reproduzir um discurso conhecido como Confissão Negativa, no qual ele nega ter cometido todos os males diante dos quais o Homem está sujeito a sucumbir. É possível encontrar em algumas ilustrações do Livro dos Mortos a imagem de Osíris em seu trono, tendo á sua frente o morto, o qual dispõe seu coração sobre um dos pratos da balança da justiça, enquanto no oposto, contrapondo o peso, encontra-se a Verdade. O fruto desta avaliação do peso de um e de outra é revelado pelo deus Toth, responsável por registrar esta análise. As almas mentirosas são punidas, enquanto as verdadeiras são recompensadas com a permissão para adentrar o reino sagrado. Não resta dúvida de que o julgamento ds atos após a morte devia preocupar, e muito, a maioria dos egípcios, religiosos que eram. Para os egípcios esse conjunto de textos era considerado como obra do deus Thoth. As fórmulas contidas nesses escritos podiam garantir ao morto uma viagem tranquila para o paraíso. O coração era o centro da vida dos egípcios, por isso quatro feitiços eram dedicados para proteger o coração do morto. Feitiço número 23, a ‘Abertura da Boca’, era também crucial, já que restaurava os sentidos da múmia na vida após a morte. Em verdade, essa compilação de textos era intitulada pelos egípcios de Capítulos do Sair à Luz ou Fórmulas para Voltar à Luz (Reu nu pert em hru). Era objetivo desse compêndio, nos ensina o historiador Maurice Crouzet, fornecer ao defunto todas as indicações necessárias para triunfar das inúmeras armadilhas materiais ou espirituais que o esperavam na rota do "ocidente".
O LIVRO DOS MORTOS!
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Khnum

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khnum é um deus da mitologia egípcia. Era representado como um homem com cabeça de carneiro, por vezes tendo uma jarra ou coroa dupla sobre os cornos. O seu nome significa "o modelador". É um deus com origens antigas, que possivelmente remontam à época pré-dinástica. Do ponto de vista geográfico, encontrava-se ligado à zona sul do Egito e à Núbia. Este deus representava os aspectos criativos; acreditava-se que Khnum regulava as águas do Nilo, das quais os egípcios dependiam para a sua sobrevivência. A vida no Antigo Egito estava regulada pelas inundações anuais do Nilo que traziam uma argila que fertilizava os campos e assim permitia a prática agrícola. Estava também ligado à criação dos seres humanos, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer. No seu forno formava não só a carne dos humanos, mas também o seu "ka" (alma). Por esta razão, era também representado no ato da criação dos novos seres. No seu forno também criou o ovo do qual saiu , que por sua vez gerou os outros deuses. Em Elefantina Khnum formava uma tríade (agrupamento de três deuses) com as deusas Satis e Anuket. Na cidade de Esna formava uma tríade com Satis e Neit. Uma tradição afirma que o rei Djoser estava preocupado com uma fome de sete anos que se tinha abatido sobre o Egito. O rei compreende que esta situação esta associada ao facto de Khnum não permitir a circulação das águas do Nilo, que prende com as suas sandálias. O rei decide então realizar oferendas à divindade, que surge num sonho a pedir que continue a honrá-lo convenientemente. Esta história encontra-se gravada num estela da época ptolomeica, conhecida como a "estela da fome" e é provável que tenha pouco valor histórico, dado longo período de tempo que decorre entre Djoser e a era ptolomaica.

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Deusa Maat



Na mitologia egípcia Maet ou Maat é a deusa da Justiça e do Equilíbrio. É representada por uma mulher jovem exbindo na cabeça uma pluma. Acreditava-se que essa divindade era a mediadora entre as potências do céu e da terra. Ela regulava as relações entre os deuses, estabelecendo a harmonia entre eles e também entre os homens, fazendo com que estes pudessem viver em paz e em união. Por isso, todos os homens de responsabilidade na sociedade egípcia deviam viver de acordo com a Maat, ou seja, agir de acordo com rigorosos princípios religiosos e morais, vivendo uma vida justa e perfeita, em todos os sentidos.
Falhar em viver segundo esses princípios implicava em ser julgado com muita severidade no chamado Salão de Maat ( o Tribunal presidido pelo deus Osíris, onde as almas dos mortos eram julgadas), ao passo que aqueles que viveram suas vidas de acordo com essas regras eram conduzidos por aquele deus através da Tuat, ( a terra da escuridão) até o outro lado, onde recebiam a Luz de Rá, o sol radiante) e se integravam à luz que emanava daquele deus.
Na iconografia egípcia, a deusa Maat aparece como sendo a esposa, ou a parte feminina do deus Thoth, que com ele veio ao mundo quando as águas do abismo primitivo se abriram pela primeira vez. Seu símbolo era uma pena, que representava a leveza de alma que devia caracterizar todo aquele que ambicionava atingir a iluminação.

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Seth

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Seth (ou Set) é o deus egípcio da violência e da desordem, da traição, do ciúme, da inveja, do deserto, da guerra, dos animais e serpentes. Seth era encarnação do espírito do mal e irmão de Osíris, o deus que trouxe a civilização para o Egito. Seth era também o deus da tempestade no Alto Egito. Era marido e irmão de Néftis. É descrito que Seth teria rasgado o ventre de sua mãe Nut com as próprias garras para nascer. Seth encarna as idéias de furor, violência, tormenta, crime e maldade.
Por ser o deus dos desertos ele protege as caravanas que viajam através do deserto, mas causa também tempestades de areia que traz no conflito com o deus Osíris da fertilidade. Seth pertence a Enéade de Heliópolis e é filho de Geb e de Nut (ou de Rá e de Nut). É o irmão de Osíris, de Ísis, e de Néftis, que é dada às vezes como sua consorte, embora Seth seja associado mais geralmente com a estrangeira, deusa Astarte. Seth apresenta-se como um homem com a cabeça de origem indeterminada. Estava às vezes inteiramente na forma animal com o corpo similar à de um cão galgo. Animais sagrados a este deus são o cão, o chacal, a gazela, o asno, o crocodilo, o hipopótamo, e o porco.
Ele mesmo está representado como um ser estranho : largo corpo delgado, nariz afilado, orelhas quadradas, olhos globulosos e longa cauda bifurcada. Seth é a encarnação das forças que se opõem a Maat, a deusa da ordem, o equilíbrio e a justiça.
Seth se converte na personificação das forças hostis e no símbolo da rebelião contra os homens e contra os deuses. Toma possessão de alguns homens para torná-los irresponsáveis, e os possuídos por Seth assemelham-se a ele : ameaçam a sociedade. Destruidor, queima os cultivos ou os destrói com granizo. Todas a catástrofes vem dele. É o deus inimigo e é deus dos inimigos. É o irmão de Osíris e seu oposto. O universo só funciona pela sua ação contraditória. Seth mata seu irmão, que é ressuscitado por Ísis; depois se opõe a Hórus, o filho de seu inimigo. A guerra que se seguiu à morte de Osíris por Seth durou oitenta anos, durante os quais Seth arrancou o olho esquerdo de Hórus e este rasgou os testículos de Seth. Eventualmente, Hórus emergiu vitorioso, ou foi julgado o vencedor pelo conselho dos deuses, e transformou-se assim no senhor do Alto Egito e Seth no senhor do Baixo Egito. Em outras versões foi viver com o deus-sol Rá, onde se transformou na voz do trovão. Outras lendas dizem que Seth perde a orelha na luta contra Hórus e este perdeu o olho, porém deus Toth decidiu parar com o combate devolvendo a orelha de Seth e o olho de Hórus e dizem que Seth viverá pela eternidade planejando conseguir a ex-coroa de Osíres hoje com Hórus.
No livro dos mortos, Seth é chamado " senhor do céu do norte " e considerado responsável pelas tempestades e o tempo nublado. Apesar de sua reputação, Seth tem algumas características boas. Está na proa da barca de Rá e a protege durante sua viagem noturna ao mundo subterrâneo. Combate o demônio Apep, na barca lunar, que lhe ameaça todas as manhãs e todas as noites. Cada vez que Seth consegue a vitória Apep ressuscita para recomeçar a luta. Deste conflito permanente nascem o equilíbrio das forças e a harmonia universal.
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Toth



Toth deus da sabedoria, cordato e sábio. É uma divindade lunar (o deus da Lua) que tem a seu cargo a sabedoria, a escrita, a aprendizagem, a magia, a medição do tempo, entre outros atributos. inventou os hieróglifos, a escrita figurativa do antigo Egipto . Era o medidor do tempo e o contador das estrelas, secretário-arquivista de todo o conhecimento. Ele era tido como todo poderoso no conhecimento e no discurso divino. O escrivão dos deuses e patrono de todos os escribas. É-lhe atribuída a invenção da astronomia, geometria, desenho, medicina, musica etc...

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Toth foi descrito geralmente na forma humana com a cabeça de um íbis, usando uma coroa que consiste em uma lua crescente coberta por um disco lunar. Era um símbolo da sabedoria e da aprendizagem porque olha sempre para baixo e tem um bico na forma de uma pena.Seu santuário principal era Hermopolis na região do delta do Nilo. O deus da sabedoria e da aprendizagem. Toth é tido por ter desempenhado várias funções no mundo dos deuses. O guardião e escrivão oficial do Além, o Livro dos Mortos foi escrito por ele. Toth e Ma'at são tidos por terem estado ao lado um do outro com Ra em seu barco enquanto (como o sol) viajou através do Céu. Pensou-se que também podem ter dirigido o rumo que o barco fez. É consenso geral que Toth inventou as artes mágicas e o Hermetismo, assim as cartas de Tarot são referidas frequentemente como o "Livro de Toth". Ele foi associado com a lua; assim que o sol desaparecia, Toth tentava vencer a escuridão com a sua luz.

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terça-feira, 22 de junho de 2010

Anúbis

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Anúbis, é o antigo deus egípcio da morte e dos moribundos, por vezes também considerado deus do submundo. Conhecido como deus do embalsamamento, presidia às mumificações e era também o guardião das necrópoles e das tumbas. Os egípcios acreditavam que no julgamento de um morto era pesado seu coração e a pena da verdade (como podemos ver em muitas gravuras egípcias). Caso o coração fosse mais pesado que a pena, sua alma era destruída para todo sempre, mas caso fosse mais leve, a pessoa em questão poderia ter acesso ao paraíso. Anubis era quem guiava a alma dos mortos no Além. Os sacerdotes de Anúbis, chamados "stm", usavam máscaras de chacais durante os rituais de mumificação. Anúbis é uma das mais antigas divindades da mitologia egípcia e seu papel mudou à medida que os mitos amadureciam, passando de principal deus do mundo inferior a juiz dos mortos, depois que Osíris assumiu aquele papel. A associação de Anúbis com chacais provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios. O Anúbis era pintado de preto, por ser escura a tonalidade dos corpos embalsamados. Apesar de muitas vezes identificado como "sab", o chacal, e não como "iwiw", o cachorro, ainda existe muita confusão sobre qual animal Anúbis era realmente. Alguns egiptólogos se referem ao "animal de Anúbis" para indicar a espécie desconhecida que ele representava. As cidades dedicadas a Anúbis eram conhecidas pelo grande número de múmias e até por cemitérios inteiros de cães. Em algumas versões da lenda ele aparece como filho do deus Seth com sua esposa Néftis. Entretanto, a versão mais comum é a de que ele é filho de Osíris que se uniu com Néftis por tê-la confundido com sua esposa Isis. Quando esta última deusa veio a saber do nascimento da criança começou a procurá-la. Néftis, por temor a Seth, escondeu-a logo após o parto. Guiada por cães, Ísis encontrou o recém-nascido depois de grandes e difíceis penas e encarregou-se de alimentá-lo e Anúbis se converteu em seu acompanhante e guardião. Dizia-se que estava destinado a guardar os deuses, assim como os cães guardam aos homens. Anúbis é pai de Qeb-hwt também conhecido como Kebechet.

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Hórus


Na mitologia do Egito Antigo, Hórus era o deus do céu. Era filho de Isis (deusa do amor) e Osíris (deus da vegetação e da vida no além). Tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o Sol e a Lua. Matou Seth tanto por vingança pela morte do pai, Osíris, como pela disputa do comando do Egito. Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um Amuleto de serpente (que os faraós passaram a usar na frente das coroas, o olho de Hórus (anteriormente chamado de Olho de Rá, que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas.Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth. O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da Lua, o outro é o olho do Sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da Lua, que seria o olho ferido de Hórus. Alguns detalhes do personagem foram alterados ou mesclados com outros personagens ao longo das várias dinastias, seitas e religiões egípcias. Por exemplo, quando Heru (Hórus) se funde com Ra O Deus Sol, ele se torna Ra-Horakhty. O olho de Horus egípcio tornou-se um importante símbolo de poder chamado de Wedjat, que além de proporcionar poder afastava o mal-olhado, pois segundo os egípcios os olhos eram os espelhos da alma.

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piramide


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Rá ou Ré, é o deus do Sol do Antigo Egito. No período da Quinta Dinastia se tornou uma das principais divindades da religião egípcia identificado primordialmente com o sol do meio- dia. O principal centro de seu culto era a cidade de Heliópolis.

RÁ, o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.





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sábado, 19 de junho de 2010

Deusa Bastet

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Bastet é uma deusa do sol, ficou muito conhecida como a deusa gato, é deusa da fertilidade e protege as mulheres grávidas. Tinha um poder sobre os eclipses solares. Bastet se casou com o deus Ptah e teve dois filhos com ele, Nefertum e Mihos, nos templos de Bastet, eram criados gatos que eram considerados como a própria encarnação de Bastet e quando morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais específicos.

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Por vezes é confundida como Sekhmet, deusa de cabeça de leão. Os egípcios parecem ter tido dificuldades para dissociar estas duas divindades e dizem que Bastet e Sekhmet são uma única pessoa com personalidades e características diferentes.
A primeira é amável e sossegada, enquanto que a segunda é guerreira implacável.
Quando Bastet se enfurecia transformava-se na terrível Sekhmet, uma leoa .

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Passada da cólera, metamorfoseava-se novamente em gata, reassumindo sua docilidade. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana. Dando origem a lenda de ela teria sido transformada em um gato manso, originando a deusa Basket.
Quando os gregos chegaram no Egito, eles associaram Bastet com Artemis e ela deixou de ser a deusa do sol para ser a deusa da lua.
Com o tempo, ela também perdeu sua cabeça original de gato selvagem do deserto ou leão e ganhou a cabeça de um gato doméstico. Os gatos eram muito importantes para os egípcios, porque protegiam os grãos dos animais daninhos, e acreditava-se que Bastet os protegia. Quem matasse um gato era punido com a morte.

Sobek

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Sobek é uma divindade da mitologia egípcia, o deus-crocodilo do rio Nilo, ligado ao deus-sol Rá. Simbolizava o poder dos faraós egípcios, sendo descrito como um homem com cabeça de crocodilo.
Os crocodilos do rio Nilo eram considerados manifestações do deus Sobek na Terra. Por isso, exemplares desses animais eram enfeitados com jóias, tratados regiamente e cultuados pelos antigos egípcios. Após a morte, eram mumificados e sepultados em lugares apropriados.
Sobek é muito visto como um deus bom, sendo deus da fertilidade, da vegetação e da vida, ele é dito como o criador do rio Nilo, que foi criado a partir de seu suor.
Sobek nem sempre foi considerado um deus bondoso, quando ele surgiu das águas primordiais do caos como "o senhor das águas", era temido por seu aspecto maligno, e era chamado de demônio de Duat (local onde Osíris julga os mortos), acabou se associando com Seth, pois causava muito perigo e desordem, também é dito que depois de Seth matar Osíris, ele se escondeu num corpo de crocodilo, para não receber castigo pelo seu crime, e o crocodilo se tornou Sobek.
Sobek era dito, em outras versões, como filho de Set com Neit.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Gnomos

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Os gnomos são espíritos de pequena estatura amplamente conhecidos e descritos entre os seres elementais da terra. A origem das lendas dos gnomos terá muito provavelmente sido no oriente e influenciado de forma decisiva a cultura antiga da Escandinávia.Com a evolução dos contos, o gnomo tornou-se na imaginação popular um anão,velhinhos de cara enrugada e roupa suja e amassada. É comum serem representados como seres mágicos não só protetores da natureza e dos seus segredos como dos jardins, aparecendo como ornamento. Conta-se que foram os primeiros habitantes do mundo.Vivem uns seiscentos anos, mas morrem como os humanos.Vivem debaixo da terra e adoram trabalhar.Transformam rochas em cristais e dão brilho e cor a todas as pedras preciosas.Também fertilizam a terra e a deixam macia para que as sementes fiquem bem acomodadas.O gnomos gostam tanto de certas pedras que, às vezes, vão morar dentro delas, pessoas afirmam que de noite, costumam ouvir ronquinhos saindo de seus cristais. Muitas bruxas usam bola de cristal para ver o futuro. O que pouca gente sabe é que são os gnomas que moram dentro das bolas e contam tudo para elas. Eles nos observamde longe e ás vezes escolhem certas crianças especiais para acompanhar durante toda a vida. Na mitologia nórdica, os gnomos confundem-se com a tradição dos anões, pelo que não é invulgar associa-los a seres que habitam as cavernas ou grutas escuras e não suportam a luz do sol. No conceito geral, têm a capacidade de penetrar em todos os poros de terra e até de se introduzirem nas raízes das montanhas, explorando os mais ricos minérios ocultos e trabalhando-os com intenso e delicado labor. Como são difíceis de ver, simbolizam o ser invisível que através do inconsciente ou da imaginação e visão onírica tornam visíveis os objectos e materiais desejados pela cobiça humana. São os guardiões de tesouros íntimos da humanidade. Por vezes um gnomo capturado pode conceder desejos a um humano que o capture, mas a maioria das vezes o desejo realizado pode acabar por se tornar uma maldição. Tal atitude deve-se ao facto que um gnomo castiga com ardis o ser que odeia e, por isso, na imaginação popular da cultura europeia mediterrânea o gnomo é feio, disforme e malicioso.


terça-feira, 15 de junho de 2010

Prometeu

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Prometeu também chamada de Clímene é um personagem da mitologia grega, um titã filho do também titã Jápeto e de Ásia, filha de Oceano (segundo alguns autores, sua mãe seria Témis) e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio. Seu mito foi mencionado por dois dos principais autores gregos, Hesíodo e Ésquilo. Segundo Hesíodo foi dado a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu. Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias uma águia (ou corvo) dilacerava seu fígado que, todos os dias, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos. Prometeu foi libertado do seu sofrimento por Hércules que, havendo concluído os seus doze trabalhos dedicou-se a aventuras. No lugar de Prometeu, o centauro Quíron deixou-se acorrentar no Cáucaso, pois a substituição de Prometeu era uma exigência para assegurar a sua libertação.


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Andrômeda

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Na Mitologia grega, Andrômeda era o nome da filha de Cefeu e Cassiopeia, Rei e Rainha do reino Fenício da Etiópia. Sua mãe Cassiopeia uma vez disse que ela era mais bonita que as Nereidas, Ninfas, filhas do deus Nereu que geralmente é visto acompanhando Poseidon. Para punir a rainha pela sua arrogância, Poseidon irmão de Zeus e deus do Mar, enviou um monstro marinho, Cetus para atacar a costa da Etiópia e o reino da rainha vaidosa. O rei desesperado consultou Ammon o oráculo de Zeus, que anunciou que não haveria paz enquanto o Rei não sacrificasse a sua filha virgem Andrômeda para o monstro. O rei não teve outra escolha a não ser sacrificar a filha, e Andrômeda foi acorrentada em um rochedo para que ela fosse devorada. Perseu, retornando após ter assassinado a górnona Medusa, encontra Andrômeda e mata o monstro Cetus. Libertou-a, e se casou com ela, apesar de Andrômeda tendo sido prometida anteriormente a Phineus. No casamento, realizou-se uma desavença entre os rivais, e Phineus foi transformado em pedra por ter visto a cabeça da Górgona. Andrômeda seguiu o marido para Tirinto, em Argos e juntos eles se tornaram os ancestrais da família Perseida através da linha de seu filho Perses. Perseus e Andrômeda tiveram seis filhos: Perseides, Perses e Alceu de Mitilene, Heleus, Mestor, Estênelo e Electrião, e uma filha, Gorgophone. Os seus descendentes governaram Micenas do baixo electrião até Euristeu. De acordo com a mitologia, Perses é o antepassado dos persas. Após sua morte, ela foi colocada por Atena entre as constelações no céu do norte, perto de Perseu e Cassiopeia. Sófocles e Eurípides (e, em tempos mais modernos Corneille) descrevem a história como uma tragédia. A história está representada em numerosas obras de arte antiga.

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Hebe

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Na mitologia grega, Hebe é a deusa da juventude filha legítima de Zeus e Hera. Por ter o privilégio da eterna juventude, representava a donzela consagrada aos trabalhos domésticos. Assim, cumpria no Olimpo diversas obrigações: preparava o banho de Ares, ajudava Hera a atrelar seu carro e servia néctar e ambrosia aos deuses. Um dia, quando executava essa tarefa, caiu numa posição inconveniente. Segundo uma versão, os olímpicos puseram-se a rir sem parar e a jovem, envergonhada, negou-se a continuar servindo-os. Foi substituída pelo mortal Ganímedes. Hebe dançava com as Musas e as Horas ao som da lira de Apolo. Desposou Héracles(ou Hércules), quando o herói, após sua morte, foi admitido entre as divindades.


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terça-feira, 8 de junho de 2010

Hera

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Na mitogia grega Hera é a deusa da família e do ciúmes, equivalente a Juno, na Mitologia Romana, irmã e esposa de Zeus, deusa dos deuses, que rege o casamento. Retratado como majestosa e solene, muitas vezes coroada com os polos (uma coroa alta cilíndrica usada por várias deusas), Hera pode ostentar na sua mão uma romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte, e um substituto para as cápsulas da papoula de ópio. A vaca, e mais tarde, o pavão eram animais relacionados com ela. Retratada como ciumenta e agressiva, odiava e perseguia as amantes de Zeus e os filhos de tais relacionamentos, tanto que tentou matar Hércules quando este era apenas um bebê. O único filho de Zeus que ela não odiava, antes gostava, era Hermes e sua mãe Maia, porque ficou surpresa com a sua inteligência. Possuía sete templos na Grécia. Mostrava apenas seus olhos aos mortais e usava uma pena do seu pássaro para marcar os locais que protegia. Hércules destruiu seus sete templos e, antes de terminar sua vida mortal, aprisionou-a em um jarro de barro que entregou a Zeus. Depois disso, ele foi aceito como deus do Olimpo. Hera era muito vaidosa e sempre quis ser mais bonita que Afrodite sua maior inimiga.

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A lenda de Io

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Io, é uma das paixões de Zeus, cuja história foi contada por Ésquilo em Prometeu Acorrentado e também por Ovídio em Metamorfoses. Era filha do deus-rio Ínaco, que por sua vez era filho de Oceanus e Tétis. Foi sacerdotisa da Hera,Outras versões a tratam como uma ninfas, mas Io não é associada a nenhum elemento natural como as ninfas costumam ser. argiva e pertenceu a raça real de Argos. Sua beleza despertou a paixão de Zeus, que, para cortejá-la, cobriu o mundo com um manto de nuvens escuras, escondendo seus atos da visão de Hera. A estratégia falhou e a deusa, desconfiada, desceu do monte Olimpo para averiguar o que estava acontecendo. Numa vã tentativa de iludir sua esposa ciumenta, o deus transformou sua amante em uma belíssima novilha branca. Intrigada pelo interesse do marido no animal e maravilhada com a beleza do mesmo, Hera exigiu a novilha para si e a pôs sob a guarda do gigante Argos Panoptes. Argos, quando dormia mantinha abertos cinqüenta de seus cem olhos. Zeus encarregou Hermes de libertar sua amada. Para tanto, o mensageiro dos deuses, usando a flauta de Pã, pôs para dormir os olhos despertos de Argos, enquanto os outros cinqüenta dormiam um sono natural, e cortou sua cabeça. Hera recolheu os olhos de seu servo e os pôs na cauda do pavão, animal consagrado a ela. Io estava livre do cativeiro, mas não dos tormentos de Hera. O fantasma de Argos continuava a persegui-la. Para piorar sua situação, a deusa enviou um moscardo para picar a novilha constantemente durante sua fuga. Io perambulou de Micenas para Eubéia. Atravessou a Ilíria e subiu o monte Hemos, na Trácia. O mar cujas praias percorreu recebeu o nome de Mar Iônio. O Estreito de Bósforo, que liga o Mar de Mármara ao Mar Negro, cujo significado é Passagem da Vaca, foi batizado assim após Io tê-lo cruzado a nado. Atravessou a Cítia e ao chegar ao monte Cáucaso, encontrou Prometeu, acorrentado em uma rocha. O titã disse que, ao alcançar o Egito ela seria restaurada a sua forma humana por Zeus e teria um filho. A criança seria a primeira de uma linhagem que culminaria com Hércules que acabaria por libertar o próprio Prometeu. Io fatalmente chegou às margens do Nilo. Cansada de tanto sofrimento, implorou a Zeus por um fim. O deus comovido foi falar com Hera e ambos restauram Io a sua forma humana. Ela teve um filho, Épafo que foi roubado pelos Curetes sob ordens de Hera. Io recuperou o menino e reinou sobre o Egito, sob nome de Ísis e casada com Telégono. Sua coroa tinha dois pequenos chifres de ouro, lembranças de sua transformação. O mito de Io pode ser interpretado como uma alegoria lunar, na qual a fuga da novilha representaria o movimento da Lua e os olhos de Argos, o céu estrelado. Por vezes o mito de Io se confunde com os da deusa Ísis, Hator e mesmo Ishtar. Uma pequena lenda paralela diz que as lágrimas da novilha Io caíram sobre as asas de um inseto, marcando-as eternamente e dando origem à bela borboleta Inachis io. Io é também uma das luas do planeta Júpiter, nomeado assim a partir da contraparte romana de Zeus.

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Hermes


Uma das doze divindade gregas do Olimpo, o deus grego dos viajantes, pastores, mercadores, banqueiros, ladrões, adivinhos e arautos, correspondente a Mercúrio entre os romanos, com características de um deus místico do universo. Era filho de Zeus e da ninfa Maia, uma das Plêiades, nasceu na Arcádia, revelando logo extraordinária inteligência. Com suas sandálias aladas, veloz como o vento, ele servia como mensageiro dos deuses e conduzia os mortos para o mundo inferior. Também encantou muitos deuses e outros personagens míticos com o som de suas flautas e liras. Certa vez Io, bela jovem amada por Zeus, foi transformada em novilha branca por ela não ser atacada por Hera. Desconfiada Hera colocou Io sob os cuidados de Argos que tinha cem olhos. Como ele nunca fechava mais do que dois cada vez para dormir, podia vigiar Io constantemente. Então Zeus mandou Hermes salvar a moça. Levando o seu bastão que tinha o poder de adormecer as pessoas, foi ao encontro de Argos tomando a forma de um pastor. Sentou-se ao seu lado, contou histórias e tocou sua gaita com tal suavidade que todos os cem olhos de Argos se fecharam. Então cortou a cabeça de Argos e libertou Io. Hera pegou os cem olhos de Argos e os espalhou na cauda de seu pavão como adorno e assim ficaram até hoje. Mas Hera não terminou seu ciúme de Io e mandou uma grande mosca para atormentá-la. A jovem tentou escapar, jogando-se no mar, que foi chamado a partir de seu nome, de Mar Jônico e nadou até chegar a beira do rio Nilo, onde Hera não mais lhe atormentou e Zeus não mais lhe prestou atenção. Tentou casar com sua irmã, a deusa Perséfone, mas o casamento foi impedido por Deméter mãe da moça, inclusive tentou resgatá-la do reino dos mortos quando ela foi seqüestrada por Hades. Teve muitas amantes mortais e divinas, entre elas a ninfa Dríope, com quem teve Pã, Acacalis, filha de Minos, Herse, filha de Cécrope, Eupolêmia, Antianira, mãe de Equion, Afrodite, a deusa do amor, com quem teve Hermafrodito, a ninfa Lara, náiade de Almon. Divindade muito antiga, Hermes era invocado, a princípio, como deus dos pastores e protetor dos rebanhos, dos cavalos e animais selvagens e com o tempo também tornou-se adorado como deus do comércio, do vento e da velocidade, da ginástica, dos números, do alfabeto e de muitas outras coisas. Freqüentemente é representado como um jovem de belo rosto, normalmente nu ou vestido com uma túnica curta e trazendo na cabeça um capacete com asas, calçando sandálias aladas e na mão seu principal símbolo, o caduceu doado por Apolo. Como mensageiro ou intérprete da vontade dos deuses, deu origem ao termo hermenêutica.

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Cronos

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Deus da mitologia pré-helênica ao qual se atribuíam funções relacionadas com a agricultura, mas de um caráter sinistro e negativo, o Saturno entre os romanos. Na mitologia grega era o mais novo dos seis grandes titãs, filho de Urano (o céu) e de Gaia ou Géia (a terra) e comandante dos Titãs. Aborrecida com o fato de que cada vez que tinha um filho, Urano o devolvia ao seu ventre, Gaia tramou com seu filho contra o marido. Assim incitado pela mãe e ajudado pelos irmãos, os Titãs esperou que Urano, seu pai, dormisse e o castrou, o que separou o céu da terra. Do sangue de Urano que caiu sobre Gaia nasceram os Gigantes, as Eríneas e as Melíades. Dos testículos de Urano atirados ao mar, formou-se uma espuma de esperma, de onde brotou Afrodite, a deusa do amor. Ocupou o lugar do pai e casou com a sua irmã, Réia tornando-se o primeiro rei dos deuses. Reinou durante um período de prosperidade, conhecido como a Idade Dourada, porém seu reinado era ameaçado por uma profecia segundo a qual seria destronado por um de seus filhos. Temendo a profecia, devorava todos os filhos que lhe dava sua mulher, Réia, tal como o tempo devora todos os instantes, até que esta o enganou e conseguiu salvar Zeus, seu sexto filho, ocultando-o em uma caverna na ilha de Creta, dando ao marido para comer um pedra embrulhada em um pano, que ele devorou sem nada perceber. Quando Zeus cresceu, conseguiu libertar os ciclopes, seus tios, que se juntaram a ele com as oceânidas Métis, deusa da prudência, Estige e seus filhos e Prometeu, filho do titã Jápeto, este um dos filhos de Gaia e Urano. Com ajuda de Métis, fez ele vomitar todos os outros irmãos, Demetér, Hera, Hades, Héstia e Poseidon e o expulsou do Olimpo, banindo-o com seus titãs aliados para o Tártaro, lugar de tormento, depois de uma guerra de dez anos que ficaria conhecida como titanomaquia. E assim como o pai simbolizava o tempo, ao derrotá-lo, Zeus tornou os deuses imortais. Um exemplo dos conflitos religiosos e culturais surgidos entre os gregos e os povos que habitavam a península helênica antes de sua chegada, segundo a tradição clássica, simbolizava o tempo e por isso Zeus, ao derrotá-lo, conferira a imortalidade aos deuses. Segundo os romanos, ao fugir do Olimpo, ele levara a agricultura para Roma, com o que recuperava suas primitivas funções agrícolas e, em sua homenagem, celebravam-se as saturnálias, festas rituais relacionadas com a colheita. Normalmente era representado como um ancião empunhando uma foice e representou a passagem dos deuses antigos, os ciclopes e titãs, para os deuses olímpicos, assim chamados por habitarem o Olimpo, liderados por seu filho Zeus.


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Dionísio

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Dionísio era o deus grego, equivalente ao deus romano Baco. Era filho de Zeus e de Sêmele, princesa tebana filha de Cadmo e Harmonia. Foi uma das vítimas da maldição lançada por Hefesto a toda descendência de sua mãe como vingança pela traição de Afrodite . Sêmele, instigada por Hera , rogou a Zeus que a ela se apresentasse em todo seu esplendor. O deus a preveniu de que seria impossível a qualquer mortal resistir a tal visão, mas como tinha jurado jamais negar-lhe qualquer pedido, apareceu diante da princesa em sua aparência divina. Sêmele, que se encontrava grávida na ocasião, não resistiu e caiu fulminada por raios e trovões. Zeus, com o auxílio de Hefesto, retirou-lhe o filho do ventre e o costurou à sua coxa de onde, passado o tempo de gestação, saiu Dionísio. O pequeno deus passou toda sua infância fora do Olimpo pois, ao nascer, para fugir à implacável perseguição de Hera, foi levado por Hermes para ser criado por Ino. Hera, enfurecida com o gesto, puniu o casal, enlouquecendo tanto Ino quanto seu esposo, Átamas. Zeus, temendo nova investida da esposa contra o filho achou por bem enviá-lo à Nisa para ser educado pelas Ninfas e Sátiros. Foi durante esse período que Dionísio descobriu a arte de fabricar o vinho assim como os efeitos inebriantes produzidos pela bebida. Teve que realizar longa e árdua peregrinação até conseguir ser reconhecido como deus e adquirir o direito de participar da assembléia olímpica. Hera, mais uma vez interviu e fez com que fosse acometido por insanidade. Louco, vagueava pelo mundo ensinando aos homens o cultivo da uva e a fabricação do vinho. Foi somente após ser purificado por Réia, sua avó, que o deus pode retornar a Grécia para instaurar ali seu culto. Desta forma, ele assumiu o papel de revelar aos mortais os segredos do cultivo da videira. Assim, é sempre concebido como um jovem sem barba, alegre, embriagado pelo vinho que transborda do copo que ele segura, loiro, com os cabelos se derramando pelos ombros, nas mãos um cacho de uvas ou uma taça, na outra uma pequena lança adornada com folhas e fitas. Seu corpo é geralmente coberto por um tecido de pele leonina, pois nos mitos romanos ele se transforma em Baco, que se metamorfoseia em um leão, com a missão de derrotar e se alimentar dos gigantes que tentavam atingir o céu. Também é possível encontrar a imagem de Dionísio assentado sobre uma vasilha, com um copo na mão, o qual verte vinho embriagante, o que justifica seu andar vacilante. Os gregos ofereciam a ele bodes, coelhos e pássaros corvídeos. Este deus era também considerado um guerreiro, sempre vencendo os adversários, principalmente se livrando das armadilhas de sua rival maior, Hera.

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