quinta-feira, 6 de maio de 2010

A Távola Redonda




Arthur fixou residência em Camelot e ali esperou Guinevere, que veio acompanhada por 100 Cavaleiros da Irmandade da qual trouxeram consigo a Mesa Redonda.O rei casou-se com Guinevere, e ela também recebeu o juramento dos Cavaleiros. Enquanto Merlin narrava a história de cada um, nos respaldes das cadeiras apareciam os nomes correspondentes em letras de ouro. Mas as cadeiras situadas à direita e à esquerda do rei ficaram vazias. Merlin informou que a cadeira da esquerda seria preenchida em breve, enquanto a da direita, não seria ocupada por anos. Em Camelot, os 250 integrantes da Irmandade ficaram reduzidos a 100. Este número significa o quadrado da medida sagrada terrestre e é o que corresponde a uma Cavalaria terrenal, que abarca toda a Terra, conceito que faz de Arthur o rei do Mundo. Esse critério confirma as cifras do número 100 (1 + 0 + 0 = 1), e a couraça dourada do rei, que o identificava com a Luz e com a suprema iluminação. Outras versões dizem que o número de Cavaleiros era 25 ou 13, dentre os quais estaria o próprio Arthur. No centro, existe uma rosa branca de cinco pétalas, rodeada de outra rosa similar de cor vermelha, e na volta existe uma inscrição em letra gótica, que diz: "Esta é a Mesa Redonda do rei Arthur e de seus XXIV valentes Cavaleiros". Da parte superior da rosa, levanta-se um trono baixo, em cujo dossel está sentado um rei que segura em suas mãos os símbolos de seu poder: uma Espada na direita e um globo do Mundo coroado por uma Cruz de Malta na esquerda. Nos lados existe uma inscrição: "Rei Arthur". O rei Arthur criou um costume de que seus Cavaleiros sempre contassem alguma aventura no início de algum banquete, e dessa forma, criou-se uma pauta de comportamento. Todos os Cavaleiros "andantes" marchavam em busca de aventuras. A maior parte das aventuras da Irmandade ocorreu nas densas florestas. Os bosques simbolizavam um mundo não civilizado, mas também representavam um estado mental, um lugar que se procuraria alcançar. Os bosques também faziam parte do "Outro Mundo", uma vasta extensão inexplorada situada nas fronteiras entre o mundo da Terra Média e os domínios do País das Fadas. Eram lugares impregnados de encantamentos e somente àqueles que fossem resolutos era permitido encontrar aquilo que se haviam dispostos a buscar. De suas profundezas surgiam fadas encantadoras que seduziam os Cavaleiros errantes, mesclando, dessa forma, a linhagem do "Outro Mundo" com a da Irmandade. Nem todas essas mulheres encontradas nos bosques eram gentis de aparência e de palavra. Ragnall, um dos muitos arquétipos da Deusa da Terra, que lhe outorga a soberania, tomou a forma de uma dama de aparência monstruosa, que com suas artimanhas conseguiu que o próprio rei Arthur prometesse lhe dar Sir Gauwain como marido. Posteriormente, ela recobrou sua verdadeira beleza graças ao amor e à compreensão de Gauwain.Todas essas aventuras eram relatadas ao rei Arthur por sua Ordem da Cavalaria, mas a Távola Redonda representava muito mais que um lugar de reunião para a Irmandade. Segundo algumas lendas, nos reinos celestiais se reunia um conselho de poderosos seres encarregados da execução dos desígnios divinos para a Criação. Dessa forma, Merlin construiu um templo circular sobre a Távola da Terra, criando uma relação entre os domínios estelares, a monarquia terrenal de Arthur, a qualidade sagrada da Terra com as mensagens e Mistérios do Graal e a Irmandade da Távola Redonda, que estava destinada a ir em busca do vaso sagrado. 



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