terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Hipogrifo


O hipogrifo (em inglês, hippogriff, hippogryph ou hippogryphe; em italiano, ippogrifo) é um animal imaginado por Ludovico Ariosto no poema épico Orlando furioso, de 1516. A metade anterior do corpo é de grifo, enquanto a metade posterior é de cavalo. Era a cavalgadura do mago Atlante, mas este foi subjugado pelo cavaleiro Bradamante, que usa o hipogrifo para resgatar Rogério. Este cavalga o hipogrifo por algum tempo, mas depois o animal passa a Astolfo, que com ele liberta Senapo, na Etiópia, do flagelo das harpias e viaja até a Lua para recuperar o juízo perdido de Orlando. Esse animal seria o resultado do cruzamento de um grifo com uma égua - um híbrido praticamente impossível, de acordo com a tradição herdada da Antiguidade segundo a qual os cavalos tem horror aos grifos, que os devoram. Nas Éclogas, de Virgílio, há versos que dizem "grifos se acasalarão com éguas, e na era que virá tímidas corças e cães de caça se juntarão para beber...", para aludir a um futuro idílico e paradisíaco. Trata-se, portanto, de uma criatura única, impossivelmente rara, de um símbolo do amor que vence as impossibilidades e de um mundo ideal.

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