terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dríope




Dríope, na mitologia grega era filha do rei Driops ou do rei Eurito. Foi violentada por Apolo, com quem teve o filho, Anfiso. Dríope era a mais belas das virgens da Ecália, mesmo tendo sido violentada por Apolo, se casou com Andraemon.
Um dia, ela caminhava com sua irmã Iole pela margem de um rio com a intenção de colher flores para tecer guirlandas para os altares das ninfas. Dríope levava o filho no colo e, enquanto caminhava, ela o amamentava. Quando chegou perto da água, Dríope viu muitas flores próximas de um lótus e colheu algumas. Iole ia fazer o mesmo, mas avistou sangue no lugar onde a irmã acabara de colher as flores. A planta era a ninfa Lótis, que, ao fugir de um perseguidor, fora metamorfoseada em planta. Dríope ficou horrorizada, mas não pôde sair do lugar, pois logo sentiu seus pés enraizados ao solo. Até tentou arrancá-los, mas só dava para mover os membros superiores. A dureza da madeira foi subindo aos poucos pelo seu corpo; quando tentou arrancar os cabelos, apenas folhas vinham em suas mãos. O seio materno começou a se enrijecer e o leite que a criança sugava parou de sair. Iole não podia fazer nada para interromper a metamorfose, então apenas abraçou o tronco que não parava de crescer. Quando o marido de Dríope e o pai apareceram, Iole apontou-lhes o que restara da irmã. Abraçaram o tronco e beijaram as flores. Só restava de Dríope o rosto, do qual escorriam lágrimas que caíam sobre as folhas. Enquanto era possível, ela falou que não era culpada, nem merecia tal destino, depois pediu que sempre levassem seu filho para ser nutrido sob seus ramos e brincar sob sua sombra. Dríope despediu-se da família e implorou que não deixassem que algum machado a ferisse, nem que rebanhos dilacerassem seus galhos. Também pediu para que ensinassem seu filho a ser cauteloso ao andar pelas margens dos rios e colher flores, lembrando-se de que cada arbusto pode ser uma deusa disfarçada.



La Metamorfosis y castigo de la ignorante Dríope

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