Clície
Clície era uma ninfa aquática apaixonada por Apolo, que não correspondeu o seu amor. Então ficou debilitada, sentando-se o dia inteiro sobre o chão frio, com as suas tranças caídas sobre os ombros. Durante nove dias ali ficou sem comer e sem beber, alimentando-se apenas de suas próprias lágrimas e do orvalho frio. Divisou o sol quando nasceu, e acompanhou o seu percurso diário até o crepúsculo; Clície não viu nenhum outro objeto além do sol, única luz que iluminava seu coração, seus olhos estavam voltados o tempo todo para ele. Dizem que, enfim, seus pés enraizaram-se no solo e seu rosto tornou-se uma flor que gira sobre a haste, vontada sempre para o sol; mantendo desse modo o sentimento da ninfa que lhe deu origem.
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