quarta-feira, 13 de junho de 2012

Os Leões de Tsavo

 
 
Em março de 1898 os ingleses trabalhavam na construção de uma ferrovia no Quênia, leste da África. Para a construção de uma ponte sobre o rio Tsavo, foi contratado o Coronel John Henry Patterson (1865-1947), engenheiro construtor de pontes. Mas durante a construtação da ponte a obra teve que parar, pois a cada dia ia sendo registrada mortes dos trabalhadores por uma dupla de leões sanguinários. Eram dois machos que  pertencem a uma subespécie, a única em que os machos são desprovidos de juba, com cerca de 3 metros de comprimento foram responsáveis por mais de 140 mortes. Os leões arrastavam os homens para fora de suas tendas à noite e alimentando-se de suas vítimas. Apesar da construção de barreiras de espinhos em torno dos acampamentos, fogueiras durante a noite e rigoroso toque de recolher após o anoitecer, os ataques aumentaram vertiginosamente, ao ponto em que a construção da ponte finalmente cessou, devido a uma partida em massa dos trabalhadores da obra, com medo dos leões. Os nativos da região os chamavam de shaitaini (demônios da noite) e os ingleses traduziram isso para Sombra e Escuridão. Segundo o Coronel John Patterson, o fato mais atormentador era que os leões eram extremamente inteligentes. Suas formas de atacar e de se esquivar das armadilhas eram coordenadas e perfeitamente estratégicas e eficazes, incomuns à qualquer animal. 

 
Vagão- armadilha, que falhou

 
 Cerca de espinhos


Plataforma de tiro sobre uma árvore

Toca dos Leões de Tsavo

O mais estranho é que, conforme os relatos do Coronel Patterson, os leões caçavam em conjunto, e arrastavam suas vítimas a uma caverna para devorá-las. Esta versão é contestada por arqueólogos que dizem ser costumes tribais fazerem rituais humanos em cavernas da região e portanto, os ossos encontrados por Patterson não são evidência que aqueles homens foram vítimas dos leões. Os moradores da região alegavam que os leões eram na verdade espíritos de dois chefes indígenas que eram contra a construção da ferrovia, e por isso atacavam a região da ferrovia na forma de leões. Depois de nove meses de ataques, as mortes só cessaram quando Patterson conseguiu matar os leões. O primeiro, na noite de 9 de dezembro de 1889, e o segundo na manhã de 29 de dezembro, quase tendo sido devorado na segunda caçada. O fato foi retratado no livro The Man-Eaters of Tsavo, da autoria de John Patterson e no filme A Sombra e a Escuridão, de Stephen Hopkins. Os leões  foram empalhados e hoje estão em exposição no Chicago Field Museum of Natural History.


Patterson e o leão morto em 09/12/1898 


 
O leão morto em 29/12/1898

8 comentários:

  1. Podia trazer esses leoes para o congresso nacional e devorar pelo menos uns 130 politos vagabundos

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  2. Depois de uma dessas eu compraria uma casa em um lugar bem tranquilo e viveria la pelo resto da minha vida, matar dois leões devoradores de gente é adrenalina por uma vida inteira.

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  3. Do jeito que é em brasilia, eles teriam má digestão

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  4. não comeria um político, os leões arrancavam HOMENS E TRABALHADORES... coisas q nossos políticos n são...

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  5. Fiquei com dó dos leões, mesmo com as tragedias feitas...

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  6. Ouvir falar de histórias ou assistir filmes,pode até ser assustador,porém,se deparar todos os dias com restos de pessoas que foram devoradas e que a mesma coisa poderia acontecer com ele,certamente abalaria os nervos de qualquer um.Esse engenheiro teve muita coragem.Mostrou que quem manda na Terra é o homem,fazendo cumprir a palavra de Deus " o homem dominará sobre todas as coisas".

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  7. Sejamos sinceros,por esses leões como lei rigída para os corruptos de nosso país,seria uma boa.

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  8. Terrível, mas os leões são lindos e eu também fiquei com dó. Por terem sido mortos, mas, entende né.

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