Animal fabuloso de muitas culturas diferentes, em umas benevolente, em outras malévolo, na arte cristã o dragão veio a simbolizar o pecado e o paganismo, e por isso a iconografia o representa prostrado aos pés de santos e mártires. Dragão é um monstro presente nas mitologias de diversas culturas, descrito geralmente como uma grande serpente ou um enorme lagarto, com grandes asas de morcego, pele escamosa, grande cauda serrilhada, uma ou várias cabeças e outras tantas bocas, por meio das quais lança labaredas de fogo. A palavra grega drakon significa originalmente serpente. Assim, a serpente Píton, monstro mitológico, filha de Géia e depositária inicial do oráculo de Delfos, era, às vezes, representada como um dragão. Entre os povos orientais, o dragão era a princípio o símbolo do espírito do mal, tal como ocorria no antigo Egito. Entretanto, no mundo grego e romano, tal interpretação do dragão como um ser maléfico coexistia com a idéia da existência de outros dragões benéficos, ocultos no seio da terra. Essa dualidade se achava presente também em outras culturas. Na China, o dragão (lung) representava o princípio yang da atividade e da masculinidade e desde tempos muito remotos constituía o símbolo da família imperial, reproduzido em edifícios, flâmulas e galhardetes. O dragão japonês, um dos elementos herdados da cultura chinesa, tinha o poder de mudar de forma e tamanho e ainda a faculdade de fazer-se invisível. No Ocidente, ao longo da história da arte e da mitologia prevaleceu a idéia do dragão como encarnação do espírito do mal. Assim, no santoral cristão (livro que contém panegíricos ou vida de santos) são Miguel e são Jorge aparecem como vencedores do maléfico mito. Analogamente, em numerosas representações da Virgem Maria, sobretudo em sua invocação como a Imaculada Conceição, ela aparece pisando a cabeça de um dragão, identificado, neste caso, com a serpente do Gênesis, à qual uma mulher "esmagará a cabeça". Num outro contexto, o dragão foi tomado como emblema heráldico. Um exemplo é a figura incorporada, no século XX, às armas do príncipe de Gales.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Dragão
Animal fabuloso de muitas culturas diferentes, em umas benevolente, em outras malévolo, na arte cristã o dragão veio a simbolizar o pecado e o paganismo, e por isso a iconografia o representa prostrado aos pés de santos e mártires. Dragão é um monstro presente nas mitologias de diversas culturas, descrito geralmente como uma grande serpente ou um enorme lagarto, com grandes asas de morcego, pele escamosa, grande cauda serrilhada, uma ou várias cabeças e outras tantas bocas, por meio das quais lança labaredas de fogo. A palavra grega drakon significa originalmente serpente. Assim, a serpente Píton, monstro mitológico, filha de Géia e depositária inicial do oráculo de Delfos, era, às vezes, representada como um dragão. Entre os povos orientais, o dragão era a princípio o símbolo do espírito do mal, tal como ocorria no antigo Egito. Entretanto, no mundo grego e romano, tal interpretação do dragão como um ser maléfico coexistia com a idéia da existência de outros dragões benéficos, ocultos no seio da terra. Essa dualidade se achava presente também em outras culturas. Na China, o dragão (lung) representava o princípio yang da atividade e da masculinidade e desde tempos muito remotos constituía o símbolo da família imperial, reproduzido em edifícios, flâmulas e galhardetes. O dragão japonês, um dos elementos herdados da cultura chinesa, tinha o poder de mudar de forma e tamanho e ainda a faculdade de fazer-se invisível. No Ocidente, ao longo da história da arte e da mitologia prevaleceu a idéia do dragão como encarnação do espírito do mal. Assim, no santoral cristão (livro que contém panegíricos ou vida de santos) são Miguel e são Jorge aparecem como vencedores do maléfico mito. Analogamente, em numerosas representações da Virgem Maria, sobretudo em sua invocação como a Imaculada Conceição, ela aparece pisando a cabeça de um dragão, identificado, neste caso, com a serpente do Gênesis, à qual uma mulher "esmagará a cabeça". Num outro contexto, o dragão foi tomado como emblema heráldico. Um exemplo é a figura incorporada, no século XX, às armas do príncipe de Gales.
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